quinta-feira, 30 de julho de 2009

Não corra do frio

Se você tem mais de trinta anos, certamente vai se lembrar deste jingle, em que se ouvia o seguinte diálogo: - Toc, toc, toc, - Quem bate? - É o frio! E no final eram cantados os seguintes versos: “Não adianta bater, eu não deixo você entrar, as Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar, nas Casas Pernambucanas e nem vou sentir o inverno chegar”.

Estamos no outono, o inverno chegará no final do mês. As madrugadas são frias e úmidas; no período da tarde, o ar é seco e a poluição aumenta.Alguns cuidados preventivos que podem ser tomados pelos praticantes da corrida:

Efeito sanfona: no frio o risco de engordar aumenta, devido à ingestão de alimentos de alto teor calórico. Procure manter uma alimentação balanceada, bem parecida com a que você consumiu no verão.

Deixe a preguiça de lado: se você está habituado a se exercitar pela manhã, mas, no frio pensa duas vezes antes de se levantar da cama quente, mantenha a rotina, porém, previna-se contra o frio.

Resistência em alta: todos sabem que a atividade física regular aumenta a resistência orgânica, prevenindo de gripes, osteoporose, doenças cardíacas. Consuma neste período alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, mamão papaia, brócolis, morango, kiwi. Vale também reforçar a ingestão de alimentos que contenham vitamina E (potente antioxidante que combate os efeitos dos radicais livres): germe de trigo, amêndoa, gema de ovo.

Proteja o seu corpo: use roupas especiais para o inverno e dê preferência para os tecidos de performance, como os tecidos inteligentes: termo air, suplex, e dri-fit (que mantém a temperatura de seu corpo enquanto você corre e transpira, sem encharcar a camiseta). A região de seu corpo que merece maior atenção é a do peito, por reunir vários órgãos vitais. Mantenha-o sempre protegido. Extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Proteja-os com luvas e meias especiais. Caso tenha pouca proteção no telhado, use boné de suplex, para não esquentar demais a cabeça. Ao término da corrida troque a roupa molhada por roupas secas de imediato.

Não corra ensacado: os plásticos junto ao corpo elevam demais a temperatura interna, aumentam a sudorese e predispõem à desidratação.

Água fresca: mesmo no inverno se faz necessário à ingestão de água antes durante e após aos exercícios. Mantenha o hábito de se hidratar a cada 20 minutos com 200 ml de água durante a sua corrida diária. Durante o dia, 3 litros de água serão suficientes.

Indoor: se você é daqueles que prefere correr em um lugar sem vento ou frio, com temperatura aclimatizada, o melhor é optar pela esteira. Saiba que ela surgiu com essa finalidade em países como a Finlândia, onde seis meses por ano neva e os outros seis meses faz frio. Como os atletas olímpicos não tinham onde treinar ao longo do ano, os cientistas do esporte, criaram a esteira e o frequêncímetro.

6h26 da manhã. Lua Crescente. Sol no signo de Gêmeos. Segundo dia de junho. Parque do Ibirapuera em São Paulo, temperatura de 8 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 1.821 quilômetros, são cento e cinquenta e quatro dias em vinte e três semanas de 2009. A média esta em 11,8 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 esta em 79.128 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 552 quilômetros para completar duas voltas.

Foto crédito: IAAF (Marilson Gomes bi-campeão da Maratona de Nova York)

sábado, 25 de julho de 2009

Alma lavada, espírito purificado!

O corpo humano é constituído de 70% de água. 70% da superfície terrestre é composta de água. A água irriga e alimenta a Terra, o sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta o corpo. No artigo dois da Declaração Universal dos Direitos da Água, enfatiza que ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal e humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação a agricultura. Um banho de quatro minutos consome 40 litros de água. Nós seres humanos, não somos hidrossolúveis.
Correr duas horas na chuva é uma benção, você termina o treino de alma lavada e o espírito purificado. Foi assim que se sentiram meus companheiros de treino, o Wilian, Egídio, Mr. Wilson e o Alexandre. Depois, para soltar, nada melhor do que nadar 1.000 metros em piscina aquecida.

6h59 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Leão. Vigésimo quinto dia de julho, inverno brasileiro. Cidade Universitária de São Paulo. Temperatura de 9 graus, garoa. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.408 quilômetros, são duzentos e dezesete dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.725 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 275 quilômetros para completar oitenta mil.

Foto crédito: Patricia Vismara - Orlando - USA

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Wind-Sprint

É um ótimo exercício para se ganhar velocidade e resistência. Possibilita ao praticante - energia e força mental para se autosuperar em competições. São corridas de 1.000 metros a 3.000 metros em pista de atletismo alternando 100 metros forte (reta) com 100 metros de soltura (curva) ou 50 metros forte por 50 metros de trote. O aquecimento para esse trabalho deve ser realizado com calma. No mínimo 40 minutos entre alongamentos, trote de aquecimento e retas de 50 a 100 metros para elevar a frequência cardíaca. Se o dia estiver frio e chuvoso, os cuidados são maiores.

6h23 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Leão. Vigésimo quarto dia de julho, inverno brasileiro. Centro de Excelência do Atletismo, Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera, São Paulo. Temperatura de 12 graus, com chuva, pista alagada e vento contra, a sensação térmica era de 9 graus. Fizemos o Wind-Sprint na distância de 3,000 metros. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.388 quilômetros, são duzentos e dezeseis dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.705 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

À deriva

Quando um navio sai do porto, ele parte em direção a algum lugar.Existe um tempo estipulado para se chegar ao destino.Quando isto não ocorre, a embarcação fica à deriva.Perdida.

O cantor Ed Motta na letra de sua música com o mesmo título vislumbra: - “De um rio que não corre mais no seu leito. Vou mergulhar nessas noites mortais. Tudo anda lento…”.

Para não se sentir assim: - melancólico, perdido, sem direção; crie novos desafios. Emagrecer, ganhar condicionamento físico, correr os 15 quilômetros da São Silvestre no dia 31 de dezembro, podem ser alguns dos estímulos para você dar o primeiro passo.Mas, seja organizado, disciplinado, persistente. Tente. Vá em frente!Assim, você saberá qual destino seguir.

Se você sabe aonde quer chegar, já terá percorrido metade do caminho.

Corra em busca de seus sonhos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Duas voltas ao redor da Terra

A Lua Cheia é fonte de inspiração para músicos, poetas, escritores e cineastas que a usaram para criar pânico com suas cenas macabras de vampiros, lobisomens.
As várias fases da Lua influenciam os movimentos das marés, o corpo humano, as plantações. Dizem até que na Lua Crescente é possível crescer cabelo. Misticismo ou não, só o fato de acreditar já manifesta transformações.
365 dias é o tempo que a Terra leva para dar a volta em torno do Sol.Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros. Num ritmo de 6 minutos e 20 segundos por quilometro, uma pessoa levaria 175 dias correndo sem parar para dar a volta ao mundo pela linha do Equador.Se uma pessoa andar 5 quilômetros por dia, ao final de um mês terá percorrido 150 quilômetros, e no ano 1800 quilômetros. Se um par de tênis dura em média 500 quilômetros, ela terá gasto 3 pares e meio no ano.
Uma pessoa consome durante os 365 dias do ano o equivalente a uma tonelada de alimentos.Para gastar tudo isso - só fazendo exercícios aeróbios diariamente.Hoje completei 79.680 quilômetros, o equivalente a duas voltas ao redor da Terra.

6h23 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Câncer. Vigésimo segundo dia de julho, inverno brasileiro. Centro de Excelência do Atletismo, Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera, São Paulo. Temperatura de 15 graus. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.363 quilômetros, são duzentos e quatorze dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia

Fonte: Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte, Cia das Letras

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dor de treino cura-se com treino

Essa é uma das máximas do professor Valdir José Barbanti. Barbanti, natural de Itapira, interior de São Paulo, foi um dos grandes atletas nos anos 70 no decatlo, prova exclusiva para homens. No primeiro dia eles competem nos 100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura e 400 metros rasos. No segundo dia, os 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e para terminar os 1.500 metros rasos. O atleta vencedor é o que soma o maior número de pontos ao final da competição. Como bom educador e atleta, é possível encontra-lo treinando diariamente no Esporte Clube Pinheiros ou no Campus da USP onde é Professor Titular da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Valdir Barbanti é o primeiro PhD em Educação Física pela University of Iowa, nos Estados Unidos e preparador físico da seleção brasileira masculina de basquete.

Se você faz parte do seleto grupo dos oitenta corredores que completaram a oitava edição do Circuito Montanholi e ainda sente dores devido as subidas e descidas do percurso, nada melhor do que um treino de rodagem lenta no gramado para massagear a musculatura.
Confira os resultados no site http://www.circuitomontanholi.com.br/

Foto crédito: Tião Moreira

domingo, 19 de julho de 2009

Caminho das águas

Depois de correr 21 quilômetros no sábado na cidade de Morungaba, interior de São Paulo e consumir durante a prova 1,5 litros de água, distribuídos em 1h53 minutos. Domingo é dia de relaxar. Saio correndo de minha residência em direção ao Jardim Botânico, região Sul da cidade de São Paulo, onde se localiza a reserva de Mata Atlântica do Parque do Estado, que representa mais de 10% do total de áreas verdes da cidade.
Às 6 horas e 32 minutos entro na Alameda Fernando Costa, um deck construído de madeira nativa. Percorro até a trilha de terra que batizei de “trilha dos bugios”, por ser o local preferido desses animais alegres e brincalhões. A trilha é circundada pela mata fechada do Jardim Botânico que me leva até a nascente do riacho do Ipiranga.
De lá é possível percorrer “o caminho das águas”, da nascente ao fluente. O Jardim Botânico de São Paulo completou 80 anos de existência. Foram 12 quilômetros em pleno contato com a natureza.
Se você ainda não conhece, vale um passeio ao Jardim Botânico na Avenida Miguel Stéfano, 3031 no bairro da Água Funda e fica aberto de terça a domingo, das 9 às 17 horas.Como sou vizinho ao parque, tenho uma carteira de identidade de usuário que me permite correr das 6 às 9 horas da manhã.

6h14 da manhã. Lua Minguante. Sol no signo de Câncer. Décimo nono dia de julho, inverno brasileiro. Parque do Estado de São Paulo, Jardim Botânico, temperatura de 11 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 2.329 quilômetros, são duzentos e onze dias em vinte e nove semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.646 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apena 34 quilômetros para completar duas voltas.

Foto crédito: Parque Cientec - USP (www.parquecientec.com.br)

sábado, 18 de julho de 2009

MOTIVAÇÃO

A cada manhã, foque seus objetivos. Isso manterá você motivado, determinado para chegar onde deseja. Mas, crie objetivos a curto, médio e longo prazo. O segredo é a motivação.
Eduard Deci e Richard Ryan são professores do departamento de clínica e ciências sociais em psicologia da Universidade de Rochester nos Estados Unidos. Eles criaram em 1980 a “teoria da autodeterminação”.
Essa teoria é baseada no comportamento humano. São classificadas três necessidades psicológicas primárias e universais: - autonomia, capacidade, relação social.
O filme “o poder alem da vida”, sintetiza bem essa teoria. Reflexões sobre o cotidiano. Preconceitos. Medos. O ginasta retratado no episódio vivencia esses conflitos. A autonomia é a autodeterminação de superar suas deficiências.
Capacidade é enfrentar os problemas, se preparar para atingir seu objetivo. E a relação social é saber lidar com tudo isso e conviver com seus companheiros de treino, sem julgá-los.
É essa autodeterminação que fez com que enfrentasse o desafio dos 21 K do Circuito Montanholi após o acidente no ano passado no quilometro doze, que me obrigou a interromper a prova com várias escoriações nas pernas, braços, corte interno na boca (na ocasião usava aparelho nos dentes). Tudo isso em seis meses já estava superado. Mas até hoje a cada passada sinto dores nos joelhos devido ao forte impacto nas pedras. Mesmo assim, fui lá, fiz o percurso - correndo. Oitenta atletas completaram a prova, duas mulheres e 25 homens abaixo das duas horas.
Um dos fatores mais importantes para o “sucesso na corrida, não é o corpo - mas a mente”.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cross-Country: cuidados para participar com segurança

O cross-country (corrida pelos campos) originou-se na Inglaterra, no começo do século 19. Era um jogo chamado "caça ao coelho" ou "caça ao papel", em que o corredor, ou grupo, tinha que marcar uma trilha com pedaços de papel e fazer o circuito completo sem errar.
Em 1962, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) formula as regras para a prova masculina e feminina.
Não há uma distância oficial, mas a IAAF estipula 12.000 metros a distância mínima para provas masculinas internacionais e de 2.000 metros a 5.000 metros para as femininas. As provas são disputadas individualmente e por equipes, que podem ser formadas de 5 a 9 atletas.
Desde sua primeira edição em 1973, na cidade de Waragerm, na Bélgica, até a última edição em Aman, na Jordânia, foram realizadas trinta e sete edições.

Cuidados para este tipo de prova

Tênis: para cada tipo de piso, exige-se um tênis adequado, por exemplo: em Campeonatos Mundiais realizados em hipódromo (grama), os atletas costumam usar sapatilhas com pregos de até 15 milímetros para maior aderência ao piso. Se o piso for em terra, deve-se dar preferência a um modelo com solado que tenha pequenas saliências (tipo cravos) para evitar escorregões. O uso de modelos de competição com solado liso é inadequado para este tipo de prova. Em circuitos com muitas subidas e descidas, se o atleta estiver com peso acima de 70 quilos, pode optar por um tênis com mais acolchoamento (mas não muito alto) devido ao forte impacto das descidas - que pode ser superior a quatro vezes o seu peso (280 kg de impacto em cada pé). Para circuitos à beira-mar (cross-sand) vale a mesma recomendação para o tipo de tênis usado em terra, porém deve ser leve, pois com a areia molhada ou seca o tênis tende a ficar mais pesado.

Meias: devem ser usadas sempre para qualquer tipo de piso, como proteção extra para evitar atrito. Prefira as de coolmax, dri-fit de fácil absorção do suor (de cano curto), facilitando a troca de oxigenação com o meio externo.

Aquecimento e alongamento: devem ser iniciados no mínimo 50 minutos antes da prova, reservando: - 20 minutos para alongamentos específicos priorizando, joelhos, articulações do tornozelo, coluna, pescoço, virilha e panturrilha. Faça uma corrida de aquecimento (ritmo bem lento) em percurso plano: em torno de 20 minutos. Se o circuito da prova for em subida (vale fazer 10 minutos no percurso para reconhecimento). Após a corrida de aquecimento, fazer 4 a 6 corridas mais aceleradas de 50 a 100 metros para elevar a freqüência cardíaca e prepara-lo para a prova. Jamais em sprint máximo. Faça essa corrida enfatizando a amplitude de suas passadas. Ao término da prova: novamente um trote de 5 a 10 minutos para desaquecimento e mais 20 minutos de alongamentos.

Atenção redobrada em circuitos com trilhas: caso a prova tenha muitos participantes querendo passar ao mesmo tempo pelo mesmo lugar e que dificulte a sua visão do piso. Espere até poder visualizar onde poderá estar pisando, para evitar o desconforto de uma torção, obrigando-o a interromper a prova.

Estratégia para o cross-country: em Campeonatos Mundiais que vale a estratégia da equipe, é comum vermos dois ou três atletas de um mesmo país comandar a provar (ditar um ritmo muito forte) com o objetivo de atrapalhar o ritmo dos adversários, como fazem os atletas do Quênia. O vencedor somente aparece no final. Já para as provas populares em que são realizadas em circuitos (voltas de 2.000 metros até 6.000 metros em circuito longo), deve-se ter o cuidado de saber dosar o ritmo inicial, uma vez que em circuito você terá que passar várias vezes e fazer curvas fechadas, exigindo desaceleração. Nas provas realizadas em bosques ou campos, existem valas e troncos de arvores que você terá que ultrapassa-los (saltando de preferência), solicitando força para impulsão.

Alimentação e hidratação: as provas de cross-country exigem mais dos atletas, além de uma preparação especial, vale também uma atenção maior para a alimentação que pode ser composta de alimentos de fácil digestão (no dia da prova) e se hidratar ao máximo até momentos antes da largada. Tenha o cuidado de não ingerir alimentos gordurosos nos dias que antecede a prova. Prefira os carboidratos simples, como: massas, pães, batata, milho e frutas.

Use protetor solar: neste tipo de prova (local) e pelo horário (sempre próximo ao meio dia), vale usar um protetor solar.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito:
IAAF - Getty Images

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Educação através do esporte

“No esporte como na vida, às vezes se ganha, às vezes se perde. O importante é o próximo desafio.” Cresci com essa filosofia inspirado pelo meu pai Olavo de Oliveira que era um esportista nato. No início de 1980 fui convidado pelo comendador Evald Gomes da Silva presidente da Federação Paulista de Atletismo, para trabalhar na entidade que estava inaugurando sua sede na Rua Joinville no Ibirapuera. Esse foi um dos períodos mais importantes da minha formação como profissional e ser humano. Lá, conheci pessoas fantásticas com a qual aprendi muito e uma delas foi o coronel Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho, professor de atletismo da Escola de Educação Física da Polícia Militar e técnico de vários atletas que representavam nosso país em provas internacionais. Seu pupilo de maior destaque foi José Romão Andrade da Silva, recordista de várias provas de meio-fundo e fundo nos anos 70. O comendador Evald era um admirador do coronel Corrêa, que foi vice-presidente e depois eleito presidente da FPA de 1982 a 1984.

Fiquei surpreso e emocionado ao receber esta nota que é uma honra colocar no site, aproveito também para expressar meus agradecimentos ao grande mestre Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho.

Amigo Kinoshita,

Amigos do Atletismo,

Ao receber a mensagem do “Mário”, fui até o site do Wanderlei e não resisti à tentação de matar a saudade dos “velhos tempos”. Espero que, como o Miltão, a quem agradeço por ajudar-me a reencontrar vários atletas dessa época, para uma atividade preparatória do centenário da Escola de Educação Física, na última sexta feira, vocês possam participar das próximas que ocorrerão até o dia do centenário.

A propósito, divido com todos a minha satisfação ao ler os textos do Wanderlei, que me provocaram a gana de escrever a nota abaixo, que deixei gravada por lá.

Grato pela oportunidade e um grande abraço a todos!

Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho

Presidente do Distrito Brasil - Panathlon International


“Amigo Wanderlei, depois de tantos anos (no mínimo, 18 ou 20!) venho reencontrá-lo através deste milagre da internet (foi o Kinoshita quem me mandou a proposta de VIAGEM DE FÉRIAS) e fico-lhe muito grato pela “hora da saudade” que me proporciona, ao remeter-me suas informações. Li todos os posts aqui expostos e me senti retornando aos dias felizes e heróicos em que tive a honra de conviver diariamente com os atletas da Polícia Militar. Particularmente, falaram ao meu coração e aos meus olhos o “teste de 3000 metros”, que aplicamos com sucesso a todos os PM candidatos a ingressarem na equipe em construção na Escola de Educação Física (Escola pioneira do Brasil, que vai completar 100 anos em 8 de março de 2010); a sua palestra no CAES para as Policiais Femininas, no dia 12 de maio, fazendo-me lembrar a então Sgt Isabel Chaves e a atual, Claudia Aparecida Adolfo (à época uma menininha em torno de 10-11 anos de idade!); o “cross sand” que, na primeira ida (e em todas as outras) à Praia Grande ainda não tinha esse nome sofisticado, mas foi verdadeira festa, fazendo nossos marmanjos de 20 a 30 anos voltar à infância (1967); a “superação”, que vimos acontecer muitas vezes ao longo de mais de dez anos de rica aprendizagem, com pessoas especialíssimas como Benedito Fermino do Amaral, Luiz Fernando Caetano, Orides Alves, José Romão Andrade da Silva, Aloisio de Araujo, Darcy Leão Pereira, Francisco Alves de Barros, Benedito Valdemar Adolfo (Pai da Cláudia) Luiz Carlos Ananias, José do Desterro Silva, Norival Divino, Nelson Gomes da Silva, Valdemar Dantas de Souza, João e José Marques, Carmo de Campos, Agostinho Moreira Chaves, Joel de Carvalho Rocha, João Roberto de Souza, para só falar de alguns corredores que seu trabalho evoca em minha memória; e, para coroar, o “ver para crer” com a imagem da Pedra Grande na Cantareira, nosso lugar preferido de treinamento, ao lado do Arboreto de Vila Amália, cujo silêncio e imensidão me permitiam um saudável e praticamente diário encontro com a natureza exuberante do lugar! Parabéns e muito obrigado!”

Wanderlei de Oliveira

Foto crédito: Fernanda Paradizo