terça-feira, 28 de outubro de 2008

Noturno


Em sua décima sétima edição, o espetáculo musical “Noturno” é um daqueles shows – imperdíveis!

Criado pelo cantor e compositor Oswaldo Montenegro, relata fatos da noite paulistana.

Pelo segundo ano consecutivo fui à convite do cantor e ator Erick Tanaka, integrante do jovem elenco de voluntários.

O lugar é simples, a montagem é simples, as pessoas são simples. Mas não deixa nada a desejar aos megas musicais da Brodoway em Nova York.

Os atores demonstram um ótimo condicionamento físico com performances interessantes.

Vale conferir! Somente as segundas e terças às 21 horas, por apenas quinze reais. Teatro Dias Gomes, Rua Domingos de Moraes, 348. Próximo ao metro Ana Rosa.

Corra, pois o musical termina no final do mês de novembro.

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Corrida, um esporte para a vida

O atletismo é o esporte mais antigo do mundo, sendo considerado o esporte-base, por ter sido o princípio de todos os outros e por servir de preparação para as várias modalidades atléticas.

Em qualquer modalidade esportiva, a condição física do praticante é medida pela sua resistência (teste de corrida), elasticidade (alongamentos) e força muscular.

A corrida difere dos outros esportes no sentido de participação.

Enquanto uma partida de futebol reúne no estádio cerca de 60, 70 ou 80 mil espectadores sentados para assistir a 22 jogadores, uma maratona pode reunir mais de 40 mil participantes, porém ativos.

No futebol, um jogador em plena maturidade esportiva (na casa dos 35 anos) é considerado um velho. Para as maratonas (42.195 metros), é um garoto.

Muitos esportes são praticados da infância até a adolescência e depois deixados de lado, pelas conseqüências que possam trazer para o corpo.

Já a corrida, não. Todo ser humano, depois que começa a andar, já quer correr (é um esporte natural). E pode continuar a correr por toda a vida.

Para começar, só depende de você.

Não é necessário mais 10 jogadores, um carro de formula 1, uma piscina ou uma bicicleta. É preciso apenas um bom par de tênis e estar autorizado pelo seu médico para iniciar.

Correr faz amigos e acalma os mais exaltados

Alguém já viu ou ouviu falar de brigas na São Silvestre? Ou em alguma maratona internacional? É claro que não. ?

E nos estádios de futebol? Até parece um campo de guerra. Cada vez mais se torna freqüente a rivalidade entre as torcidas causando até morte.

A corrida é o esporte mais solidário que existe. Todos que participam da principal corrida da América Latina, a São Silvestre (15 km), que a cada ano aumenta o número de participantes (já são mais de 15 mil atletas), julgam-se amigos sem nunca terem se visto antes.

Há uma grande confraternização, antes, durante e após a prova.

Cada participante se interessa e se preocupa com o seu companheiro de prova, e faz questão de saber como está e qual foi o seu tempo.

Em Nova Iorque, no ano de 2001, mesmo após o atentado terrorista que chocou o mundo em 11 de setembro, no mês de novembro foi realizada a maratona mais famosa do mundo. Lá estavam reunidos mais de 30 mil corredores. Todos com um só objetivo: “PAZ”!

Afinal, saúde todos já tinham, principalmente pela determinação de correr os 42.195 metros.

Qualidade de vida é saúde. Saúde é movimento!

O atleta do século, o Rei Pelé (Edson Arantes do Nascimento), que hoje completa 68 anos, costuma dar as suas corridinhas diárias, que o mantém "esbelto" e cheio de energia. Pelé também chegou a correr os 100 metros rasos para 11 segundos. O Airton Senna, tricampeão mundial de formula 1, também foi um excelente atleta. Presencie cravar 40 minutos nos 10 mil metros no Centro Olímpico de Treinamento em Pesquisa em São Paulo. Foram 25 voltas na pista de 400 metros com parciais de 1min36 e 4 minutos nas passagens dos 1.000 metros. Isso mostra que para ser o melhor do mundo, tem que corre, e muito bem!

O doutor Kenneth Cooper, responsável pelo boom nos anos 70 pela prática dos exercícios aeróbios, hoje, com mais de 70 anos, continua correndo, fazendo palestras e participando de provas pedestres ao redor do mundo.

Pesquisas recentes apresentadas no Colégio Americano de Medicina Esportiva (American College Sports of Medicine) demonstraram que a prática da corrida e caminhada (exercícios de alto impacto) na terceira idade, além de controlar os níveis de colesterol, diabetes, obesidade, fortalecem os ossos, evitando a osteoporose. Outro estudo apresentado mostra que a corrida auxilia as pessoas que sofrem de depressão.

O Campeonato Mundial de Atletismo para Veteranos (atletas com idade superior aos 40 anos) reúne a cada ano mais de 10 mil participantes. Há pouco mais de 5 anos não chegava a quinhentos.

Assim como o vinho, "quanto mais velho, melhor".

A corrida é um santo remédio!

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Song Bits: no ritmo da música

Tri Sport (edição de setembro)

Atletas que ouvem música quando se exercitam conhecem muito bem os efeitos motivacionais que uma boa seleção pode produzir no seu treinamento, ajudando inclusive a melhorar a performance. Existem hoje estudos que comprovam os benefícios da música no esporte, além de exemplos de atletas de alto nível que fazem uso disso em competições importantes, como o nadador norte-americano Michael Phelps, que faturou oito medalhas de ouro nos Jogos de Pequim e em todas as provas que disputou estava lá sempre com seu iPod.

No caso de Phelps, a música é um estímulo para aumentar a adrenalina à beira da piscina antes da competição. “Quebrei meu primeiro recorde mundial ouvindo música antes. Naquele dia, percebi que estava diferente na piscina. A música me deixou agitado. Não pensei em mais nada a não ser em nadar”, disse Felps em entrevista concedida a um especial para uma TV norte-americana. A trilha sonora que o campeão usa para isso, segundo publicado na revista People, uma seqüencia do rapper Lil ‘Wayne, sobretudo a faixa I’m Me, do disco “The Carter III”.

Outro exemplo famoso é o do etíope Haile Gebrselassie, que estava em busca do recorde dos 2.000 metros indoor e descobriu que, se corresse no ritmo da música Scatman, de John Scatman, poderia de alguma forma a atingir seu objetivo. E isso há dez anos, quando pouco ou nada se falava a respeito dos benefícios da música para a performance. Dito e feito. Em fevereiro de 1988, o atual recordista do mundo de maratona bateu a marca mundial dos 2.000 metros em pista coberta ao som de Scatman. Quando perguntando sobre o porquê da escolha da música, o etíope disse que o ritmo é um pouco mais rápido do que o de suas pernas. “A música me motiva e me faz correr mais rápido”, disse o etíope.

Um estudo elaborado pelo dr. Costas Karageorghis, professor de psicologia da Universidade de Brunel, em Londres, mostra que o impacto da música associado ao exercício pode aumentar em até 20% a performance do atleta se a seleção for bem escolhida. Segundo o pesquisador, “pode ser essa a diferença entre chegar em 1º lugar ou na 4ª ou 5ª posições”. A também recordista mundial de maratona, a inglesa Paula Radcliffe, também é adepta da música no treinamento. Segundo ela, seu uso é muito útil para quebrar a monotonia, principalmente quando faz exercícios de fortalecimento em academia ou mesmo em atividades indoor de cross-training, como bike, elliptical ou ski-machine.

Embora seja certo e haja exemplos de sobra que a música bem escolhida interfere de forma positiva na performance do atleta, na hora de optar por colocar um fone no ouvido e ligar o som no último volume para correr, há de se considerar os prós e os contras.

Os prós

- A música tem um poder estimulante e motivacional. Ela ajuda você ir mais adiante num treino quando poderia desistir. Exercícios que poderiam ser monótonos tornam-se mais estimulantes com o uso de música, já que desvia a atenção da mente para o som.
- Além de ter um poder motivacional antes e durante o exercício, a música serve também para relaxar a mente. Isso pode acontecer durante exercícios mais leves, de apenas rodagem, ou mesmo no aquecimento e no desaquecimento.
- A música coloca diversão na sua rotina de treino, principalmente quando a playlist é bem selecionada e “casa” direitinho com seu treino do dia.

Os contras

- Apesar de ser estimulante e motivacional, é preciso ter cuidado para não desviar a atenção do movimento e da técnica do exercício. Você pode ficar muito empolgado e sair completamente do ritmo, correndo o risco de se machucar e treinar completamente fora daquilo que é sua capacidade.
- Quando você está com fones de ouvido, é preciso ter atenção redobrada com o que acontece no ambiente à sua volta, principalmente para quem corre na rua, que deve ter muito cuidado com os carros. Corra sempre na direção contrária dos carros para poder visualizar o movimento. No pedal ao ar livre, é completamente desaconselhável o uso de fones de ouvido.
- Uma pessoa que treina muito com música pode achar monótono fazer o mesmo treino sem música. Lembre-se de que em situações de prova hoje em dia em muitos casos não é permitido o uso de fones de ouvido. Por isso, tenha a certeza de que você saberá lidar com isso numa competição.

Fernanda Paradizo Parte de matéria publicada na revista Tri Sport, edição de setembro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Exercite a memória - correndo!


A corrida pode fazer você ficar mais inteligente

"Essas melhoras, entretanto, diminuíram quando os corredores pararam o treinamento, o que sugere que exercícios contínuos são necessários para que se mantenha o beneficio”, disse o autor do estudo, dr. Kisou Kubota, da Nihon Fukushi University, em Handa, Japão.

Wanderlei de Oliveira

Uma pesquisa apresentada na reunião anual da International Society For Neuroscience (Sociedade Internacional para Neurociência) em dezembro de 2006, indica que os exercícios regulares geram "melhora significante na memória e outras habilidades mentais, também conhecidas como função cognitiva".

Imagem: Joan Benoit - Primeira campeã da Maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles - USA (1984) - IAAF

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Atletas bem rodados

LSD

Não se assustem. Não é nenhuma droga alucinógena.
LSD é a sigla do long slow distance (longa distância lentamente), método de treino criado pelo técnico neozelandês Arthur Lydiard nos anos 60. Lydiard, antes de aplicar com seus atletas que fizeram sucesso nos Jogos Olímpicos, testou em si próprio, uma vez que era gordo e se considerava totalmente fora de forma. Assim ele conseguiu ganhar resistência, melhorar o sistema cardio-respiratório e condicionamento físico, a ponto de participar de competições de longa distância como a maratona (42.195 metros). Com o tempo, ele introduziu os treinos de velocidade para aprimorar seu sistema anaeróbio. Apesar de seus atletas serem corredores de 800 e 1500 metros rasos, eram capazes de correr provas de 10 e 21 quilômetros fora da temporada competitiva. Esse fato acrescentava um valor especial na final das principais competições como os Jogos Olímpicos onde os atletas treinados por Lydiard corriam forte os últimos 400 metros devido aos longos treinos de resistência aeróbia.

Bem rodado

Muitos acharam um exagero quando postei que até o momento já atingi mais de 75 mil quilômetros. Pasmem! O José Luiz Barbosa, o nosso Zequinha, 47 anos, atleta olímpico e campeão mundial indoor dos 800 metros rasos em 1987 nos Estados Unidos, em vinte e três anos de carreira de alto nível, comentou que seu técnico o Luiz Alberto de Oliveira, tem registrado mais de cento e setenta e seis mil quilômetros rodados. Como o próprio Zequinha afirmou: “isso porque eu corria 800 metros, imagina o Haile Gebresalie, 35 anos, atual recordista mundial da maratona”. Zequinha possui a melhor regularidade da história dos 800 metros, correu 17 vezes na casa de 1min43 e 44 vezes em 1min44. Seu melhor resultado é de 1min43seg08.

No sábado quando fui retirar o kit para os 10 K Santos Dumont que seria realizado no domingo dia 12 em Santana, no Campo de Marte, encontrei o José João da Silva, 53 anos, organizador da prova, bicampeão da São Silvestre (1980 e 1985), ex-recordista brasileiro dos 5 e 10 mil metros em pista e rua. Ao me ver comentou entre todos os presentes que eu era o atleta em atividade mais antigo do Brasil, que tinha muitos quilômetros rodados. Mas o principal foi vê-lo feliz por saber que iria participar da prova. Abraçou-me e disse que em 2013 chegará aos 300 mil quilômetros.

O Zé João e o Zequinha, além de excepcionais atletas, grandes amigos, são pessoas maravilhosas!

O atletismo brasileiro e mundial sente orgulho pelas suas conquistas.

Parabéns a eles que são professores e a todos os mestres.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

5.000 metros de tempo-run

O tempo-run é um método moderno de treinamento, onde se estabelece a distância a ser percorrida e os tempos de passagens por quilômetro.
Exemplo: 5.000 metros em pista de forma contínua (sem paradas).
É um excelente treino para se trabalhar com monitor cardíaco como auxílio no controle da freqüência cardíaca e ritmo de corrida.

AVALIE SEU CONDICIONAMENTO FÍSICO
O melhor indicativo de sua atual condição física: - sempre será o seu desempenho nos treinos. Observe o seu comportamento no TEMPO RUN de 5.000 metros.
· Os primeiros 2.5 K tem que ser igual ou mais rápido (no máximo 30 segundos) em relação à segunda metade.
· Se você iniciar muito rápido, corre o risco de parar nos próximos quilômetros.
· Caso esteja correndo mais rápido em treino (tempo real) do que nas provas, é sinal de que esta fazendo algo errado (verifique o tempo estipulado e consulte seu técnico). Conduza o seu treino com inteligência caso esteja correndo em temperaturas altas e umidade relativa do ar superior a 80%, fatores determinantes para uma possível queda no rendimento.

Esse tipo de treino além de ser uma excelente referência para as próximas competições, mostra o nível de concentração do atleta durante o teste, o que fatalmente será transferido para a prova.

CORRA COM O RELÓGIO NAS PERNAS
Esta expressão do famoso técnico português, Mário Moniz Pereira (técnico de Carlos Lopes, campeão e ex-recordista olímpico com 2h09min e Fernando Mamede, ex-recordista mundial dos 10.000 metros), simboliza bem o sentido exato de se ter a noção do ritmo que se pretende desenvolver em uma competição. Um exemplo recente dessa da importância de ser ter o controle do ritmo foi do etíope Haile Gebrselassie de 35 anos que pela primeira vez na história da maratona (42.195 metros) melhorou o resultado para 2h03min59, na Maratona de Berlim realizada em setembro. Suas parciais na meia maratona foram de 1h02min04seg e 1h01min55seg, ou seja, apenas 9 segundos mais rápido na segunda metade.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Valores e Compromissos


Saudades dos tempos em que um aperto de mão selava o compromisso entre homens.
Saudades dos valores que se dava quando se pedia a benção dos pais, tios, avós.
Saudades de um olhar afetivo, sem malícia.

Saudade de palavras ditas com o coração que engrandeciam as pessoas.
Saudades de pessoas sinceras, fortes o suficiente para admitirem seus erros. Corrigi-los, que não joguem seus problemas nas costas de outros.

Esses valores não nos são ensinados na escola.

Aprendemos com a disciplina, respeito à vida, ao próximo.

Muitos, assim como nós, tiveram a oportunidade de crescerem amparados pelo carinho de nossos pais. Estudamos nos melhores colégios. Viajávamos nos finais de semana.

Tudo isso é muito importante, mas não define o caráter de uma pessoa. Um exemplo disso é a Ana Luiza dos Anjos Garcez, que no dia oito, quarta-feira, completou 46 anos. Ex-menina de rua fazia uso de drogas. Não nasceu em berço de ouro. Não conheceu seus pais. Não tem família.

Porém, os valores e compromissos estão bem intrínsecos em sua índole. É uma pessoa que respeita o próximo. Respeita os horários. Respeita a opinião das pessoas de quem ela gosta. E quando gosta, faz de tudo. É uma pessoa sensível. Apesar de às vezes parecer agressiva, mas é uma defesa, pelas dificuldades que a vida lhe impôs por viver na rua com marginais.

Esses valores e compromissos, não foram ensinados.

A cada dia, aumenta minha admiração por esse ser humano – de valor.

As pessoas quando a vêem, demonstram carinho, admiração, respeito.

Hoje ela orienta um grupo de crianças na iniciação do atletismo no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. Projeto da Federação Paulista de Atletismo e da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo.

Temos muito que aprender com o ser humano.

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dicas para a Meia do Rio

Quem vai correr no domingo a Meia maratona do Rio de janeiro não deve descuidar de nenhum detalhe nos próximos dias. Tá certo que 12 de outubro é Dia da Criança, mas correr 21k na Cidade Maravilhosa não é brincadeira, principalmente para quem vai pela primeira vez. Portanto, aqui vão mais algumas dicas básicas do técnico Wanderlei de Oliveira, da Federação Paulista de Atletismo, que podem fazer grande diferença.

Treinamento


Nada de querer recuperar o tempo perdido com treinamento agora. O que tinha que ser feito já foi. O melhor é se concentrar no ritmo de prova que é compatível com aquilo que você vale hoje. Faça apenas treinos de soltura, com rodagens de no máximo 8k, bem leve. Se estiver acostumado a fazer treinos de qualidade, na quarta-feira é um bom dia para fazer alguns tirinhos curtos, como de 6 a 8 repetições de 400 metros (com 1h30 de pausa ativa entre os tiros em trote leve) ou mesmo um fartlek alternando 1 minuto forte com 1 minuto fraco. Podem ser feitas também 2 ou 3 repetições de 1.000 metros, com pausa de 3 minutos entre os tiros. Isso se já estiver acostumado com esse tipo de treino. Do contrário, é melhor só rodar.

Alimentação, hidratação e descanso

Dê especial atenção ao dia anterior da prova. Descanse o máximo e fique longe do sol. Alimente-se conforme os hábitos pessoais. Procure evitar coisas gordurosas (carne bovina, suína, ovos, frituras) e nada de bebida alcoólica. Prefira alimentos leves e de fácil digestão. Dê preferência para alimentos ricos em carboidrato (massas em geral, arroz, batata), saladas cruas sem muito tempero e frutas, como banana, pêra, maçã, mamão e nectarina. Beba bastante líquido e verifique a cor da urina para saber se está bem hidratado. O ideal é que ela esteja bem clara. Procure deitar cedo e vizualize-se completando o percurso em bom estado físico e feliz por ter vencido o desafio.

Prepare o kit de corrida

Por causa das altas temperaturas registradas nesta época do ano, opte por tecidos que não retenham o suor, para manter o corpo sempre seco. Separe a roupa que vai utilizar e já pregue o número na camisa. Nada de estrear tênis no dia da prova. O melhor é correr com um que já esteja em uso, para evitar problemas. Use meias sem costura para não correr o risco de fazer bolhas. Por causa da umidade, os pés ficam mais encharcados do que o normal. Proteja a pele com protetor solar, faça chuva ou faça sol. Separe uma sacola com roupas secas para o final da prova.

O dia da corrida

Acorde cedo para dar tempo de tomar um bom café da manhã, já que a largada acontece só às 9h15. Suco natural, iogurte desnatado com cereais, pão integral com geléia, queijo branco, banana-prata ou uma maçã são bem-vindos. Tome seu café da manhã por volta das 6h30 para que dê tempo suficiente para fazer a digestão. Programe-se para chegar em São Conrado, local de largada, cerca de 1 hora antes do início da prova. Leve com você uma fruta ou uma barra de cereal e água para ingerir no caminho. Fique longe do sol. Inicie os alongamentos 40 minutos antes da prova e, se o objetivo é fazer tempo, faça um trote de aquecimento de uns 15 minutos para já começar a correr próximo do ritmo que pretende fazer. Posicione-se no local da largada de acordo com seu nível técnico e tenha cuidado com a multidão de pessoas e com os atropelos no início da prova. Comece a corrida já controlando o ritmo e use o início, em subida, como um aquecimento.

E boa sorte. Afinal, agora é com você.

Escrito por: Fernanda Paradizo, Nike Blogger
http://www.nikecorre.com.br/2008/10/07/dicas-para-a-meia-do-rio/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Devagar

Os sábios filósofos orientais propagavam a máxima “devagar e sempre”.

O escritor escocês Carl Honoré em seu livro “devagar” – como um movimento mundial está desafiando o culto da velocidade, divulga os benefícios da onda do “slow”- para combater o estresse, (editora Record).

Com algumas mudanças de atitudes você pode melhorar sua qualidade de vida. Para Honoré: “precisamos apenas dar a concentração e a energia certa para cada situação, segundo nossa própria medida. Cada pessoa tem o seu ritmo de comer, caminhar, escrever, ler...”

“Passamos um século perseguindo formas de acelerar o nosso tempo com as conquistas tecnológicas. E isso foi fundamental por um período. Porém, hoje em dia, a tecnologia joga mais contra do que a favor. Em função dela vivemos acelerados demais e sem controle sobre isso. Temos que tomar o controle. Ser “slow” significa tomar o tempo em suas mãos, não ser arrastado por ele”, diz Carl Honoré.

Use o tempo a seu favor

Aos dezoito anos de idade era um velocista. Queria fazer tudo rápido e ainda achava que estava devagar. Isso era conseqüência do tipo de prova que competia, os 200 e 400 metros rasos. Foi nessa ocasião que resolvi lançar um desafio. Projetei a minha primeira maratona para os 31 anos de idade. Acreditem, em Nova Iorque. Como iniciei na prática do atletismo no ano de 1966, em 1991 já teria 25 anos de treinamento. O suficiente para vencer os 42.195 metros, sem choro. A preparação para a maratona foi uma lição de vida. Aprendi a planejar, ser persistente, ter paciência e o mais incrível que possa parecer: - correr devagar. Foram 217 minutos em movimento constante, ou seja, 105 repetições de 400 metros para 2min02seg sem intervalo. Porém, chorei de felicidade! Dediquei essa conquista ao meu pai Olavo de Oliveira.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alta Performance em Fuerzabruta

Em tudo na vida exige um bom condicionamento físico.

Fiquei surpreso na última sexta-feira em que acompanhei os profissionais da Loducca, agência de publicidade a apresentação do grupo argentino De La Guarda no espetáculo Fuerzabruta.

Simplesmente fantástico!

Um dos espetáculos mais interessantes que já assisti até agora.

Não é a toa que desde sua estréia em 2005 na cidade de Buenos Aires, Argentina, percorreu o mundo deixando as platéias hipnotizadas.

Criado pelo diretor Diqui James e pelo diretor musical Gaby Kerpel,
a apresentação é feita sob uma tenda no Parque Villa-Lobos, quando no escuro um sujeito aparece vestido de terno e gravata andando acima das cabeças do público. O ritmo começa a ficar mais intenso até o ator-atleta disparar em alta velocidade, explodindo paredes e passando por vários cenários.

Ao longo do espetáculo que dura pouco mais de 40 minutos, presenciamos acrobacias impressionantes nas laterais da tenda e na gigantesca piscina plástica transparente que fica no teto.

Preparem-se para um show eletrizante de alta performance.

Corra, pois as apresentações vão até o próximo domingo dia 12.

Vamos Juliana, você agora é meia-maratonista!

Pequenas coisas podem ter um valor imensurável. Fiquei muito feliz quando a ex-sedentária e iniciante em corrida Juliana Jeminez, orientada pela professora Mônica Peralta completou a Meia-maratona Internacional de Buenos Aires no dia 21 de setembro. O esporte lhe trouxe tanta sinergia, que ela e o seu marido Enzo Ebina que completou a prova em 1h45, presentearam o pai e sogro com sua primeira viagem internacional. Rui Carlos Jeminez concluiu em 1h51min.

Hoje pela manhã sob chuva, durante o treino de interval-training, gritei para a Juliana, vamos lá que agora você é meia-maratonista. Ela sorriu felicíssima ciente da importante conquista, superação e determinação em vencer os primeiros 21 quilômetros.

“Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje”

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Primavera no Parque do Ibirapuera


A primavera é uma das estações mais esperada e festejada no ano.

O Parque do Ibirapuera em São Paulo é uma das maiores áreas verdes da capital e a preferida do paulistano para a prática da caminhada e corrida matinal.

Lá também são encontradas mais de cem espécies de pássaros.

Um dos mais bonitos é o cardeal. Uma das aves que estão em risco de extinção.

Na época da colonização o Parque do Ibirapuera foi uma área alagadiça que abrigava uma aldeia indígena. Na língua tupi, ibirá significa árvore e puera, o que já foi: - árvore apodrecida. Na década de 20, o prefeito da cidade de São Paulo, José Pires do Rio, pensou em transformar o local em um parque como o Bois de Boulogne em Paris na França, o Hyde Park em Londres na Inglaterra e o Central Park em Nova Iorque nos Estados Unidos. Manuel Lopes de Oliveira o “Manequinho Lopes”, um apaixonado por plantas, iniciou em 1927 o plantio de centenas de eucaliptos australianos com objetivo de drenar o terreno e eliminar o excesso de umidade.

Inaugurado no dia 21 de agosto de 1954 no IV Centenário de São Paulo, foi lá que meus pais Olavo de Oliveira e Tereza Campos de Oliveira se conheceram. A área total é de mais de 1,5 milhão de metros quadrados de verde. Projetada pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer e paisagismo de Roberto Burle Marx. Várias atrações podem ser acompanhadas no Museu de Arte Moderna, Planetário, Pavilhão da Bienal, Pavilhão Japonês.

Para o diretor de arbitragem da Federação Paulista de Atletismo e corredor Francisco Ferreira, foi uma surpresa agradável treinar na Praça da Paz, “parece que estamos correndo em um campo de golfe”, comentou.

Entre as várias atrações do Parque do Ibirapuera estão: Museu de Arte Moderna, Planetário, Pavilhão da Bienal, Pavilhão Japonês e shows de vários artistas, orquestras, exposições aos finais de semana.

Esta é nossa simples homenagem ao dia de São Francisco de Assis, que faleceu no dia 3 de outubro de 1226. Patrono dos animais e do meio ambiente.

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Um brinde aos primeiros 75 mil quilômetros


Para ser mais preciso, são 75.029 quilômetros rodados desde 1966 quando iniciei na prática do atletismo.

Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador.

São duzentos e setenta seis dias do ano e o volume de rodagem chegou à casa dos 2.964 quilômetros. A média esta em 10,8 quilômetros por dia.

Mas o meu principal parceiro desde 1982, quando foi lançado, tem sido o Nike Pegasus. Na época não existia o sistema “air”. A CORPORE – Corredores Paulistas Reunidos, uma das responsáveis pelo crescimento da corrida de rua no Brasil, também foi a pioneira em ditar a moda esportiva. O triatleta e empresário Flávio Aronis me presenteou com um exemplar e me tornei fã do modelo.

Acredito ser o único a usar a mesma marca desde então e um dos poucos brasileiros há tantos anos correndo sem interrupções.

Cada par de tênis dura em média 500 quilômetros

Hoje aposentei um Nike Air Pegasus dos nove pares que uso ao longo do ano para treinos de rodagem e dois modelos do Nike Air Vomero 2, que revezo nos treinos de pista e competições. Nos Estados Unidos já foi lançado a versão 3 do Vomero no masculino e feminino.
A função do tênis é absorver o impacto. Para se recuperar de cada treino, eles precisam de 48 horas.
Daí a necessidade de revezá-los.
Ter no mínimo dois pares para rodagem e um par para treinos de qualidade, quem treina apenas quatro vezes por semana. Se treinar todos os dias como eu, são necessários onze pares.

Seus pés, joelhos, coluna, lhe agradecerão.

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Em ritmo de meia

Você que está treinando duro para enfrentar a Meia maratona do Rio de Janeiro, no dia 12 de outubro, e ainda não conhece alguns detalhes da prova, reunimos aqui algumas dicas que podem ajudá-lo a estabelecer uma estratégia para o dia D.

Cuidado com o início: A prova começa em subida, em São Conrado, na Avenida Niemeyer. São 2 km subindo e mais 3 km descendo. É mais prudente não forçar o ritmo. Desça o morro com calma e deixe que os mais apressados o ultrapassem.

Água para dentro: O primeiro posto de água da prova é no km 4 e depois você terá água à disposição a cada 2 km. Não descuide da hidratação um só momento, até porque existe uma grande possibilidade de estar muito quente e úmido no dia, já que estaremos na Primavera. E sua perda será muito maior, comprometendo não só sua performance, mas principalmente sua saúde. Programa-se para tomar seu gel de carboidrato junto com os postos de água, conforme seus hábitos pessoais.

Correndo na praia: Quando atingir o Aterro do Flamengo, no km 14 da meia, vai estar correndo beirando a praia, onde o visual é magnífico. Se você forçou muito no início, pode começar a pagar o preço exatamente nesse local. Mantenha a calma e diminua se necessário, até que se sinta melhor. Se conseguiu segurar o ritmo na primeira metade da prova, é provável que nesse ponto comece a colher os frutos de uma boa performance. O apoio do público é contagiante.

Avistando a chegada do lado de lá: Um dos pontos críticos da prova, principalmente para quem forçou muito no início, é correr na Praia do Flamengo e ver no lado oposto os atletas mais rápidos cruzando a linha de chegada. Isso acontece a partir do km 15. E o pior de tudo é que você não consegue visualizar o retorno, que só acontece no km 19. Concentre-se na prova, sem se preocupar com os atletas que estão do outro lado, à sua frente. São altos e baixos que você deverá saber administrar.

Só mais 2 km para o final: Agora sim você atingiu o outro lado da via e está correndo em direção à chegada. Faltam apenas 2 km para o final e, se estiver bem, é o momento de apertar o passo para tentar ganhar alguns minutinhos no tempo final.

Cruzando a linha de chegada:
Ao finalizar a prova, não pare completamente. Continue andando e respirando pausadamente até que sua freqüência cardíaca volte ao normal. Ao menor sinal de desconforto, procure o serviço médico. De resto, hidrate-se bem, troque a roupa molhada e comemore a conquista.

Escrito por: Fernanda Paradizo, Nike Blogger / colaboração de Wanderlei de Oliveira, Federação Paulista de Atletismo

http://www.nikecorre.com.br/2008/09/24/em-ritmo-de-meia/