domingo, 31 de agosto de 2008

Nike+ Human Race 10K faz festa em São Paulo

Prova da capital paulista faz parte da maior corrida mundial, que reuniu cerca de 1 milhão de participantes em 25 cidades

São Paulo (SP) – Uma legião de corredores ‘vermelhos’ coloriu a cidade de São Paulo na manhã deste domingo na prova Nike+ Human Race 10K, na USP. Com a participação de 25 mil pessoas, a corrida reuniu atletas amadores, profissionais, ídolos do esporte e celebridades.

A festa começou na largada, dada às 8 horas por Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância, que também teve a companhia do maratonista e medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima.

O campeão da prova paulistana foi Gilberto Silvestre Lopes, de 19 anos, que completou o percurso em 29min53s, um dos melhores tempos entre as 25 cidades do mundo que realizaram a prova, reunindo cerca de 1 milhão de pessoas.

Ex-plantador de tomate na cidade mineira de São Miguel do Anta, o atleta faz parte de um projeto da Nike que seleciona jovens talentos do atletismo. “Agora sou o mais rápido e mais bonito”, brincou Gilberto. Depois, explicou como liderou a prova. “Saí forte desde o começo da prova e no quilômetro 7 me senti muito bem e disparei. O clima frio me ajudou a fazer uma boa marca”, comemorou o campeão.

Entre as mulheres, Zenaide Vieira, medalha de bronze no Pan-Americano do Rio e que representou o Brasil na prova dos 3.000 metros com obstáculos na Olimpíada de Pequim, foi a vencedora, completando os 10 km em 34min33s. “Esperava um tempo melhor, mas, assim mesmo, fiquei satisfeita pela vitória”, disse a atleta de 23 anos, nascida em Jundiaí, que mora em Cosmópolis e treina em Campinas.

Gilberto e Zenaide, ‘os mais rápidos’ da Nike+ Human Race 10K, receberam como prêmio um ano de apoio de material esportivo da Nike. Além do incentivo da empresa, Gilberto e Zenaide poderão trocar experiências com Vanderlei Cordeiro, o padrinho do projeto.

“A Nike sempre patrocina os melhores do Brasil e do mundo e fico feliz de poder fazer parte deste grupo”, acrescentou Gilberto, que começou a correr há apenas três anos. A corrida surgiu como alternativa e meio de transporte para chegar à plantação de tomate, em sua cidade natal. “Como eu não tinha bicicleta, precisava ir correndo para o trabalho na roça. Eram cinco quilômetros para ir e cinco para voltar, todo dia.”

Celebridades - A felicidade estampada no rosto com a sensação de dever cumprido não se restringiu apenas aos vencedores. Celebridades também festejaram após a linha de chegada.

Apaixonado por corrida, o ator Kayky Brito comemorou sua participação na maior corrida do mundo. “Achei esse trajeto novo muito bonito”, disse Kayky, que participou das quatro edições da Nike 10K. Neste ano ele completou a prova em 49min50s.

Quem também voltou a disputar a prova este ano foi o ator Felipe Folgosi, que além de se divertir na corrida, aproveitou a oportunidade para cumprimentar a campeã olímpica Maurren Maggi. “Fiz questão de dar os parabéns a ela”, disse Folgosi, que fez o tempo de 42min58.

A apresentadora Daniella Cicarelli também teve seu momento de tiete e pediu para tirar foto com Maurren. “Que orgulho essa mulher!”. Quanto à prova, Daniella disse ter achado o percurso lindo. “É muito bom acordar cedo para correr e ver esse mar de gente.”

Também prestigiaram o evento os atores Jorge de Sá, Fabrício Boliveira, Mariah Rocha, o músico Japinha (CPM22), a ex-jogadora de basquete Magic Paula, o secretário municipal de Esportes Walter Feldman, entre outros.

Homenagem - Maurren Maggi foi homenageada pela organização no intervalo do show de encerramento de Wilson Sideral e Seu Jorge. Ganhou uma sapatilha dourada da Nike. “Nossa, eu estou boba. Não esperava receber esta homenagem linda. Adorei a sapatilha e todo o carinho do público, da Nike”, afirmou a campeã olímpica.

Grande estrela do atletismo brasileiro, Maurren está curtindo muito as homenagens que vem recebendo pela inédita medalha olímpica. Ela viajaria na noite deste domingo para Suíça, onde vai competir no Meeting de Lausanne na terça-feira. Ela volta para o Brasil para mais alguns compromissos e ainda salta em Stuttgart, na Alemanha, no dia 14, e em Xangai, na China, no dia 20.

“Vou tentar fazer o melhor possível nas últimas competições do ano, mas não será nada fácil”, disse a atleta.

Resultados da prova

Masculino
1- Gilberto Silvestre Lopes – Pé de Vento – 29min53s
2- Luiz Fernando de Almeida Paula – Unicsul – 30min02s
3- Paulo Roberto Almeida Paula – Nike Portage – 30min02s
4- Robson Pereira de Lima – Pé de Vento – 30min04s
5- Joílson Bernardo da Silva – BM&F/Bovespa – 34min33s

Feminino
1- Zenaide Vieira – BM&F/São Caetano – 34min33s
2- Maria Cristina Vaqueiro – BM&F/São Caetano – 35min50s
3- Jaciane Barroso Araújo – Avulso – 37min18s
4- Rosirene Ferreira Moarais – Painel Musical – 39min01s
5- Diana D’Agostini – Avulso – 40min04s

Mais fotos do evento no seguinte endereço: http://www.zdl.com.br/galeria_album.asp?canal=1709&pk_album_id=314&pk_canal_id=1709

Glenda Carqueijo - Mtb 39.711 e João Pedro Nunes - Mtb 11.675
Email: glenda@zdl.com.br e nunes@zdl.com.br

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dicas para os 10 K NIKE - The Human Race


Saiba como participar e terminar com segurança os 10 K NIKE que será realizada no dia 31 de agosto (domingo). É só tomar alguns cuidados, principalmente para quem vai participar pela primeira vez.

Um dia antes (sábado dia 30 de agosto)
· Descanse o máximo possível.
· Alimente-se conforme os hábitos pessoais. Procure evitar alimentos gordurosos (carne bovina, suína, ovos, frituras) e bebidas alcoólicas. Prefira alimentos leves e de fácil digestão. Dê preferência para alimentos ricos em carboidratos (massas em geral, arroz, batata), saladas cruas sem muito tempero, frutas (banana-prata, pêra, maçã, mamão, pêssego, nectarina).
· Beba muito líquido, em especial água natural. Verifique a cor da urina para saber se está bem hidratado. O ideal é que ela esteja bem clara.
· Procure deitar cedo e preparar sua mente, visualizando-se completando o percurso em bom estado físico e feliz por ter vencido o desafio.
Material a ser utilizado
· Opte por tecidos que não retenham o suor, para manter o corpo sempre seco (como Termo-air, CoolMax, Supplex e Dry-fit).
· Nada de estrear tênis no dia da prova. O melhor é correr com um que já esteja em uso, para evitar problemas.
· Use um relógio com cronômetro para controlar seu ritmo logo de início.
No dia D (domingo dia 31 de agosto)
· Deixe pronta a roupa que vai utilizar, já fixado o número na camisa.
· É recomendável levar um agasalho, camiseta seca, toalha, água e frutas para após a corrida.
· A largada é às 08h00, portanto, faça um desjejum até no máximo 6h00 com suco natural, iogurte ou leite desnatado com cereais tipo corn flakes e sucrilhos, pão integral ou francês com geleia ou mel, banana-prata ou uma maçã. Após a prova, coma uma fruta ou bolachas, que normalmente são distribuídas pela organização da prova no final. Almoce normalmente evitando o excesso de alimentos gordurosos.
· Continue bebendo bastante líquido.
Horário para chegar no local da largada
· Esteja no local da largada 90 minutos antes.
· Inicie os alongamentos 60 minutos antes da largada e depois faça uma corrida de aquecimento de 15 a 20 minutos e logo a seguir algumas retas de 50 metros de amplitude de passadas até 90% de sua capacidade
· Posicione-se no local da largada aproximadamente 5 minutos antes, verifique a cor de sua pulseira.
· Atenção – o acesso as baias será somente com a camiseta do evento na cor vermelha com número
· Para quem tem como objetivo uma excelente performance – o posicionamento na largada é fundamental.
Como você deve correr os 10 km
· Ao soar o sinal de largada, inicie a corrida controlando seu ritmo (verifique em sua planilha de treino o ritmo sugerido conforme seu atual nível técnico), respeitando seus limites. Deixe os mais apressados o ultrapassarem. O seu objetivo é terminar bem o percurso.
· Beba água em todos postos de abastecimento, mesmo que não sinta sede. Se sobrar água, jogue água na cabeça.
· Para enfrentar as poucas subidas do percurso, movimente os braços com mais energia para cima, paralelo ao corpo, para equilibrar o esforço.
· Quando se aproximar da linha de chegada, levante os braços e olhe para frente. Assim que chegar comemore sua vitória por ter completado e vencido o desafio.
Ao cruzar a linha de chegada
· Caminhe calmamente até o final do funil dirigindo-se a um local de menor concentração de pessoas para se refrescar e se recuperar.
· Faça alongamentos e hidrate-se muito bem.
· Não se esqueça de vestir roupas secas para evitar problemas de saúde, pois o organismo está sensível e debilitado.


Concentração - força – determinação
Boa corrida a todos!!!

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cada um na sua raia


A natação é um excelente esporte. Disso todos sabem. Desenvolve o corpo, deixa o praticante forte, flexível, resistente. Melhora a capacidade pulmonar. Esses são alguns dos benefícios que esse esporte considerado um dos mais completos pode oferecer. Mas tem outro fator que acho interessante. Não há um confronto direto com outros adversários. Cada atleta fica na sua raia. O que importa é realizar o seu objetivo.
Minha pouca experiência nesse esporte começou em 1986 quando treinava os atletas da equipe Sharp de triatlo, campeã brasileira da modalidade. O jovem nadador Eduardo Gayotto, campeão dos 200 metros borboleta, me convidou para treinar com ele. Aceitei! Confesso que não sabia nadar. Comecei na Escolinha Stella Maris sob sua orientação. Hoje continuo nadando como auxílio para o atletismo. Treino com um grupo de triatletas à noite três vezes por semana. Eles visam competição. O grupo é composto por seis pessoas: - quatro deles de origem oriental e dois brasileiros. Dessa turma, somente uma mulher. Nem é preciso dizer que sou o último - sempre. Perco até para a única mulher. A faixa etária deles é dos 30 aos 35 anos, todos ex-nadadores competitivos na adolescência.
Como fico na minha raia, vejo-os passando ao lado como tubarões sem agitar a água da piscina. Já eu pareço um reboque produzindo ondas, ainda bem que a piscina é super equipada com aparelhos que faz com que as ondas da minha raia não invadam as deles.
Recentemente fizemos a avaliação dos 1.000 metros. A piscina tem 25 metros. Temos um técnico principal e um assistente. Nenhum deles se preocupa em contar o vai-e-volta. Isso é problema nosso. O que vale é o tempo que você fez. Na piscina, para facilitar costumamos contar as chegadas. Assim sendo, vinte chegadas correspondem a mil metros. Não é fácil, além do esforço temos que ficar atentos na contagem. No início da temporada quase me afogando fazia 28 minutos. É bem ruim! Mais faço. Hoje já estou na casa dos 22 minutos com nadadeiras. Os meus companheiros de treino fazem entre 16 e 18 minutos - sem nadadeiras. Outro fato interessante desse aprendizado, é que eles em cada canto da piscina, fazem à virada olímpica, isso faz com que a saída seja mais rápida. Eu por receio de bater os tendões na borda e prejudicar o treinamento da corrida, não faço. Toco com uma das mãos na borda e faço a impulsão com os pés. O tempo que perco para fazer isso os nadadores já estão na metade da piscina.
Esse grupo já treina há mais de um ano, todos se respeitam. São sérios, disciplinados, determinados. Como cada atleta tem seu espaço, ninguém se fala. Nem tem como. Só abrimos a boca para respirar. Nos intervalos dos tiros curtos de 25, 50, 75 e 100 metros, que também são curtos (15 segundos), mal conseguimos respirar pelo esforço.
O curioso é saber que nos dias de chuva, os outros "nadadores" que não levam tão a sério o treinamento - faltam. Parece incoerente, uma vez que o esporte é praticado no meu líquido.
A lição que tenho aprendido com a natação é: - cada um na sua raia em busca dos seus objetivos.

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Lei da física ajuda atleta superar recorde nos 200 metros


Força centrípeta é a força que puxa o corpo para o centro da trajetória em um movimento curvilíneo ou circular.
Objetos que se deslocam em movimento retilíneo uniforme possuem velocidade modular constante.
Entretanto, um objeto que se desloca em arco, com o valor da velocidade constante, possui uma variação na direção do movimento; como a velocidade é um vetor de módulo, direção e sentido, uma alteração na direção implica uma mudança no vetor velocidade. A razão dessa mudança na velocidade é a aceleração centrípeta (Wikipédia).


Foi o que ocorreu na prova dos 200 metros rasos no dia 20 de agosto nos Jogos Olímpicos de Pequim, cuja saída é em curva. O vencedor foi o jamaicano Usain Bolt, 22 anos, que estabeleceu novo recorde mundial com 19seg30. Bolt, também possui o recorde mundial nos 100 metros com o tempo de 9seg69 (16/08/2008), Se dividirmos o tempo dos 200 metros por dois, equivale em 9seg65, ou seja, mais rápido do que o recorde dos 100 metros.
Essa é a reação da força centrípeta.
Ela age como um elástico, que é alongado na curva e solta na reta.
O experiente técnico Katsuhico Nakaya, 51 anos, ex-velocista (10seg25) nos 100 metros em 1983 em Edmonton nas Universíadas no Canada. Hoje, técnico do Clube de Atletismo BM&F Bovespa e responsável técnico nacional da velocidade feminino que esteve presente em Pequim. Analisando os 200 metros de Bolt que fez a curva no meio da raia, perdendo aproximadamente de 1 metro a 1,5 metros correndo a mais. Os primeiros 100 metros em curva não é corrido tão rápido quanto os 100 metros do recorde. Eles correm de 20 a 30 centésimos mais lento em relação aos 100 metros. Já o segundo 100 metros que é uma vantagem por correr lançado, o atleta tem um ganho de centésimos preciosos, observou Nakaya. Outro fato interessante é a posição do corpo do atleta, se ele deslocar muito o corpo e a cabeça para o lado interno perde o sincronismo e conseqüentemente a velocidade.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Começa a corrida para o ouro


Pequim já faz parte da história dos Jogos Olímpicos. Foi um sucesso.

Foram disputadas 302 medalhas de ouro distribuídas em 41 modalidades esportivas. O atletismo é o esporte com o maior número de medalhas de ouro, 47 no total. A natação com 34 medalhas de ouro foi o segundo esporte e na terceira colocação com 15 medalhas de ouro para cada um o halterofilismo e o tiro. Na última colocação o beisebol e softbol que disputaram apenas uma medalha de ouro.

A tecnologia esteve presente em todas as modalidades esportivas, mas o que se fez valer foi o planejamento específico visando o ciclo olímpico de quatro anos, haja visto os quarenta e três recordes mundiais estabelecidos nos Jogos Olímpicos de Pequim. Isto mostra que os atletas que atingiram seu ápice na data prevista – realizaram o trabalho de forma correta.

Em nosso país, temos profissionais que provaram sua competência através do resultado de seus atletas com a conquista de duas medalhas de ouro: - o Nélio Alfano Moura, 45 anos, ex-saltador de triplo e Tânia Fernandes de Paula, 44 anos, ex-heptatleta são técnicos da Maurren Higa Maggi, 32 anos e do Irving Saladino, 25 anos, ambos com a inédita medalha de ouro no salto em distância; e o José Roberto Guimarães, 54 anos, ex-jogador de vôlei, é técnico da seleção brasileira de feminina de vôlei que conquistou a também inédita medalha de ouro. Guimarães foi medalha de ouro com o vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 na Espanha. Saladino é panamenho e mora no Brasil desde 2006, nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 nem sequer se classificou no salto em distância.

Onde está o ouro

Com três medalhas de ouro o Brasil se posicionou na vigésima terceira colocação atrás da Etiópia com 4 medalhas de ouro (18ª. colocação), do Quênia com 5 medalhas de ouro (15ª.colocação) e da Jamaica com 6 medalhas de ouro (13ª. colocação), todas conquistadas no atletismo.

A China garimpou 51 medalhas de ouro, os Estados Unidos 36 e a Rússia 23, classificando-se respectivamente em primeiro, segundo e terceiro lugar. Na quarta posição a Grã-Bretanha com 19 medalhas de ouro iniciou o ciclo olímpico. Faltam quatro anos para a trigésima edição dos Jogos Olímpicos da era moderna que será realizado em Londres em 2012, no Reino Unido.

Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mais leve, mais rápido.


Em tempos de Jogos Olímpicos muito se questiona a “magreza” dos atletas. O fenômeno da natação Michael Phelps, 23 anos, 1m95 e 89 quilos; além das oito medalhas de ouro conquistadas, se comentou muito sobre sua ingesta calórica de dez mil calorias por dia. Uma pessoa normal precisa de pelo menos duas mil calorias diária para viver com saúde. Já os “magérrimos” africanos, que muitos pensam que não tem força para correr 100 metros como o Usain Bolt (9seg69), no entanto são capazes de feitos memoráveis nas provas de longa distância.

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

O peso corporal está dividido em três componentes básicos:

Massa magra:
é representada pelos órgãos, ossos, músculos, água e tecidos.

Peso de gordura corporal:
está divida em:
- gordura essencial: importante para a manutenção de algumas funções vitais como a produção de hormônios, isolamento térmico e proteção dos órgãos internos;
- gordura armazenada: é responsável pela produção de energia e é estocada sob forma de tecido adiposo. É importante salientar que, uma quantidade excessiva dessa gordura é prejudicial à saúde, pois está relacionada ao aumento dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Água corporal:
é muito importante para o organismo, pois participa diretamente de quase todas as funções corporais, tais como: transporte de nutrientes, manutenção da temperatura corporal, eliminação das secreções, entre outras.
Segundo o American College of Sports Medicine, recomenda-se à manutenção de um nível mínimo de gordura chamada de "essencial". Lembre-se que quanto maior a sua porcentagem de gordura corporal, maiores serão suas chances de pertencer a um grupo de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e, também, articulares.

Acompanhamento de um especialista

Em geral, o primeiro passo é checar as noções básicas de nutrição. Após, com o auxílio de um programa de análise de dietas, é observado:
· Adequação das calorias recomendada para o indivíduo;
· Composição do Macronutrientes (carboidratos/proteínas e gorduras) e porcentagem de adequação do micronutrientes
· Distribuição percentual das calorias nas refeições, ou seja, qual é a maior refeição do dia e qual a menor.
É feito um levantamento de todas as sessões de treinos realizadas: modalidade, horários, duração, intensidade, e orientação da ingestão de alimentos dos diferentes grupos em função dos objetivos, e o diferencial da dieta será o TIME DE INGESTÃO. Quando comer o carboidrato a mais ou a menos, e adequação de proteína, que em geral os atletas de endurance acabam comendo pouco por achar que só deve ser enfatizada em quem objetiva ganho de massa com musculação.
Com isso será equilibrado as quantidades de carboidratos e proteínas com a referencia em gramas/quilo de peso e, ajustado de acordo com o objetivo, que sempre acaba sendo ganho de performance e perda de peso, e é onde a experiência do profissional faz a diferença, pois é um ajuste fino. Estes dois objetivos são antagônicos, quem quer melhorar performance deve aumentar ingestão e quem quer perder peso deve diminuir a ingestão.
Quanto mais leve o atleta estiver, mais rápido irá correr com menor gasto energético e menor sobrecarga para o coração.

Controle mensal

É pedido para que o paciente volte em um mês para observar a evolução da composição corporal e aderência à dieta, e daí de acordo com retornos, vão sendo acrescentados conceitos de condutas de véspera de competição, como repor treinos longos, como ganhar massa correndo, entre outros. De posse de todas as informações, o técnico poderá aprimorar e quantificar a qualidade do treino.

Quanto mais leve o atleta estiver, mais rápido irá correr com menor gasto energético e menor sobrecarga para o coração.

Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O atletismo nos Jogos Olímpicos de Pequim


Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma cidade não foi tão questionada como Pequim na China.

Primeiro pelo cuidadoso planejamento do evento que começou em 2001. Construções gigantescas. Tecnologia de última geração. Altíssimos investimentos na preparação dos atletas. Os hábitos do povo chinês podem ser estranhos para os ocidentais: - comer cachorro, escorpião e outras iguarias. A poluída Pequim é motivo de capas de jornais, revistas e comentários na televisão ao redor do mundo. Vários atletas ocidentais até se recusam a competir alegando que afetará sua performance e também sua saúde. Certos ou não. O que veremos nesses jogos será a superação de muitas marcas mundiais. Pequim reunirá vários atletas no ápice de suas condições físicas e psicológicas. Os orientais mais do que ninguém sabem usar o poder da mente para vencer obstáculos. Sempre com um simpático sorriso, os chineses parecem se divertir enquanto trabalham, praticam esportes. Tudo isso são pontos que contribuirão a seu favor.

O atletismo é o esporte mais esperado nos Jogos Olímpicos e mereceu um estádio olímpico a sua altura e importância; pois foi esse esporte que deu início aos jogos. A maratona é a prova clássica dos Jogos Olímpicos e o recorde de 2h09min estabelecido pelo português Carlos Lopes nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984 nos Estados Unidos poderá ser superado. Os atletas do Quênia como Robert Cheruyot, Martin Lel e a fortíssima equipe dos etíopes, possuem tempos na casa das 2 horas e 5 minutos. Lopes valia na época 2h07, ou seja, se ele no fortíssimo calor de mais de 30 graus e com 37 anos foi capaz de correr dois minutos acima de sua melhor marca, os africanos e alguns atletas da Europa, mais jovens, com tempos mais baixos, tem condições de quebrar esse recorde. O Marilson dos Santos, experiente correr de rua a exemplo do Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em Atenas, poderá se destacar na sua estréia na maratona nesses Jogos Olímpicos.

O Brasil será representado pela sua melhor equipe de todos os tempos com chances de medalha no feminino, fato este que até então nenhuma atleta conseguiu. São 45 atletas, 23 homens e 22 mulheres. Esta será a maior participação do Brasil que em Atlanta em 1996 compareceu aos jogos com 42 atletas.
Jadel e Maurren em sua melhor fase estão entre os favoritos a medalha olímpica. Para Jadel Gregório será sua segunda participação consecutiva e Maurren Maggi esteve nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. A novata Fabiana Muher com excelentes marcas conquistadas há pouco tempo, tem chances de estar no pódio. Gisele Lima de Oliveira no salto triplo e Lucimara Silvestre da Silva no Heptatlo podem estar entre as finalistas. Já os nossos principais atletas dos 100 metros, Vicente Lenilson em sua terceira participação (Sydney 2000 onde foi medalha de prata nos 4x100 e Atenas 2004) e o Sandro Viana, acredito terem mais chances nos 200 metros, uma vez que na prova em que pensam fazer se encontram os melhores da atualidade como Usain Bolt, Asafa Powel, Tyson Gay. São quatro atletas da Jamaica e quatro dos Estados Únicos com tempos abaixo de 9seg98. No revezamento 4x100 metros, ainda tempos chances na briga pelo bronze.

Sem dúvida alguma os grandes nomes no atletismo ficará por conta da russa Yelena Isinbyeva que no dia 29 de julho no Gran Prix de Mônaco estabeleceu novo recorde mundial para o salto com vara (5m04) e do jovem jamaicano Usain Bolt ao correr os 100 metros em 9seg72 no dia 30 de maio em Nova York.

É esperar e conferir o atletismo nos Jogos Olímpicos de Pequim na China que terá início nesta sexta-feira dia 15 e término no dia 24 de agosto.

Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Correr atrasa efeitos do envelhecimento


Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que correr com freqüência pode retardar os efeitos do envelhecimento. A pesquisa analisou 500 idosos com mais de 50 anos que tinham o hábito de correr, durante um período de 20 anos e comparou a saúde e bem-estar físico desses participantes com um grupo similar de não-corredores.

Depois de 19 anos, os pesquisadores da Stanford University Medical Center identificaram que 34% dos idosos que não corriam haviam morrido, comparados com apenas 15% entre os que corriam com freqüência.

A pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Archives of Internal Medicine, observou ainda que ambos os grupos passaram a ter mais deficiências físicas com o passar dos anos, mas o início destas deficiências começou 16 anos mais tarde para aqueles que praticavam a corrida.

"O estudo tem uma mensagem que incentiva o exercício. Se você precisa escolher uma coisa para fazer as pessoas ficarem mais saudáveis enquanto envelhecem, seria o exercício aeróbico", afirmou o professor James Fries, principal autor do estudo.

Benefícios
No início da pesquisa, em 1984, os idosos do grupo dos corredores corriam cerca de quatro horas por semana. Depois de 21 anos, o tempo de corrida diminui para 76 minutos semanais.

Segundo o estudo, mesmo com a redução do tempo, os idosos puderam sentir os benefícios da prática do exercício na saúde e a diferença entre a saúde dos idosos corredores e não-corredores foi observada mesmo depois que os participantes passaram dos 90 anos de idade.

Além de diminuir o batimento cardíaco e as mortes relacionadas com problemas arteriais, a prática da corrida também foi associada com uma redução no número de mortes prematuras causadas por doenças neurológicas, câncer e infecções.

Os pesquisadores analisaram ainda os possíveis danos que correr com freqüência poderia causar nos idosos, como problemas nos ossos ou juntas. No entanto, a pesquisa sugere que não encontrou provas de que os idosos corredores tinham mais chances de sofrer com osteoporose ou problemas no joelho do que os não-corredores. Segundo Fries, os benefícios do exercício físico "são maiores do que o esperado".

Vida saudável
A ONG Age Concern, que trabalha com idosos, afirma que muitos não praticam exercícios o suficiente. De acordo com a instituição, os dados revelam que mais de 90% dos idosos britânicos com mais de 75 anos não seguem a indicação de praticar meia hora de exercícios moderados pelo menos cinco vezes por semana."A pesquisa reconfirma os claros benefícios dos exercícios regulares para os idosos", disse o diretor da ONG, Gordon Lishman.

"O exercício ajuda os idosos a continuarem móveis e independentes, garante a saúde cardíaca, mantém o peso e os níveis de estresse sob controle e ajuda a melhorar o sono", afirmou.

"Enquanto os jovens recebem bastante incentivo para levar um estilo de vida saudável, as necessidades de saúde dos mais velhos são normalmente negligenciadas", concluiu. BBC Brasil

Reportagem da BBC de Londres

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Saúde dos pés


Fique de olho neles. Afinal, sem eles você não vai a lugar nenhum

Existem três formas distintas que são qualificados os praticantes de corrida a pé (porem com tênis) quanto ao modo de pisar no solo (fase de apoio), que são:

Pronadores
- quando o apoio do pé no solo é para o lado interno. Segundo pesquisas do American College of Sports Medicine, mais de 80% dos praticantes de corrida são pronadores.

Supinadores
– quando o apoio do pé no solo é para o lado externo.

Neutro
– quando o apoio do pé no solo é distribuído de forma uniforme.

Nem sempre gastar o sapato ou tênis do lado externo significa que você seja um supinador. Segundo a lei da física e biomecânica (ciência que estuda o movimento do corpo), quando andamos ou corremos, o primeiro contato com o solo é a borda externa do calçado (daí o gasto mais acentuado nessa região). O que caracteriza a forma de pisar é quando transferimos o peso do corpo por completo para o pé de apoio (em contato com o solo). Essa avaliação é mais precisa se for feita por um especialista em biomecânica ou por meio de testes mais complexos, com aparelhos que medem o impacto dos pés no solo e sua distribuição de força e peso.

Tanto os pronadores quanto os supinadores devem manter o hábito constante, antes e após aos treinos, de fazer alongamentos específicos para a região da panturrilha, tendão de Aquiles e tornozelo, como forma de prevenção e de fortalecimento, evitando assim futuras lesões nos pés, tornozelos, joelhos, bacia e até coluna.

Por segurança, use o tênis adequado à sua forma de pisada no solo, para evitar problemas no futuro.

Dicas importantes para a saúde de seus pés

Todo corredor teima em dizer que gosta mais dos tênis velhos.
Aí que mora o perigo.

Larga deu, chulé: quem gosta de coisa antiga é museu, é lá que deve ficar seu velho e surrado tênis. Ou melhor, doe-o para o lixão.

Pé inchado: compre sempre um ou dois números acima do convencional, pois, durante a corrida, os pés incham. Se não houver espaço livre para os mesmos relaxarem, pode ocorrer a perda de várias unhas, o que não é nada agradável.

Dê um tempo: cada tipo de tênis, independentemente de marca ou sistema de absorção, demora em média 48 horas para voltar ao normal seu sistema de amortecimento. O impacto de cada pé no solo corresponde ao triplo do peso de seu corpo em percurso plano, chegando a quadruplicar na descida (por exemplo: para uma mulher de 50 quilos, o impacto no solo durante a corrida corresponde a 150 quilos de carga em cada pé). Por isso, tenha sempre no mínimo 4 pares de tênis superacolchoado e em bom estado para revezá-los.

Pisando nas nuvens: sinta o conforto de um modelo novo e acolchoado. Você vai se sentir correndo nas nuvens. Tenha o cuidado de amaciá-los antes de uma prova longa, pois poderá se sentir “pisando em brasas”.

No bagaço: o tempo de vida útil de cada tênis é de aproximadamente 500 quilômetros. Não use além dessa quilometragem, que poderá acarretar sérios problemas ortopédicos, podendo até interromper a prática do esporte.

Peso leve - tênis de competição, como o próprio nome já diz, é somente para ser usado em provas e treinos técnicos em pista de atletismo (jamais deve ser usado em treinos de rodagem ou mesmo para o aquecimento antes dos treinos de pista ou competições). Esse tipo de tênis foi criado para alta performance, sendo recomendado apenas para atletas que desejam obter resultados de alto nível técnico. Portanto, seu uso é adequado para pessoas de até no máximo 65 quilos. Existem no mercado tênis que suprem essa necessidade para corredores (as) que estejam acima desse peso, e que exercem a mesma função. São chamados T/C - treino e competição, porém muito mais acolchoados.

Unha de gavião - mantenha as unhas dos pés sempre aparadas (semanalmente ou no máximo a cada 10 dias). Mesmo com uma proteção extra na frente dos tênis, se as unhas estiverem longas, elas podem ficar sensíveis com a pressão dos pés dentro dos tênis durante a corrida.

Batendo uma bolinha: fazer massagem com bolinha de tênis ou de borracha todos os dias é uma forma eficaz de relaxamento dos pés. Eles vão agradecer.

Wanderlei de Oliveira

domingo, 3 de agosto de 2008

Deus ajuda quem cedo madruga


Para o filósofo Lúcio Sêneca o bom uso do tempo é a chave da felicidade.
Sêneca nasceu em Córdoba, na Espanha em 4 antes de Cristo e morreu em Roma em 65 d.C. Político e conselheiro do Imperador Nero. Outro pensamento do sábio filósofo era: - “quem persevera sempre alcança”.
Compartilho dessa filosofia e a coloco em prática.

4 horas de manhã.
Ouço o barulho da chuva batendo na janela do quarto. Antes de o galo cantar pela segunda vez, levanto. Faço a seqüência do “Súrya Namaskára”, saudação ao Sol e o Zazen (meditação). Às 5 horas tomo o suco antioxidante que eu mesmo preparo na hora e a vitamina energética. Um breve descanso após o desjejum. Pronto. Saio para correr.
Em 1966 iniciei na pratica do atletismo por incentivo de meu pai. Mas foi somente em 1980 que comecei com essa rotina diária que dura até hoje.

6h14 da manhã. Terceiro dia de agosto de 2008. Domingo chuvoso, façamos um brinde a natureza, pois há mais de trinta dias não éramos abençoados pela água. Parque do Estado de São Paulo. Uma corrida zen entre as palmeiras reais, pau-brasil, palmitos nativos, jacus, marrecos e vários pássaros que habitam o Jardim Botânico. Completamos 2.357 quilômetros, duzentos e trinta e oito dias (desde o primeiro dia de janeiro deste ano). A média esta em 9,9 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 esta em 74.422 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39,840 quilômetros pela linha do Equador.

Wanderlei de Oliveira