terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mais leve, mais rápido.


Em tempos de Jogos Olímpicos muito se questiona a “magreza” dos atletas. O fenômeno da natação Michael Phelps, 23 anos, 1m95 e 89 quilos; além das oito medalhas de ouro conquistadas, se comentou muito sobre sua ingesta calórica de dez mil calorias por dia. Uma pessoa normal precisa de pelo menos duas mil calorias diária para viver com saúde. Já os “magérrimos” africanos, que muitos pensam que não tem força para correr 100 metros como o Usain Bolt (9seg69), no entanto são capazes de feitos memoráveis nas provas de longa distância.

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

O peso corporal está dividido em três componentes básicos:

Massa magra:
é representada pelos órgãos, ossos, músculos, água e tecidos.

Peso de gordura corporal:
está divida em:
- gordura essencial: importante para a manutenção de algumas funções vitais como a produção de hormônios, isolamento térmico e proteção dos órgãos internos;
- gordura armazenada: é responsável pela produção de energia e é estocada sob forma de tecido adiposo. É importante salientar que, uma quantidade excessiva dessa gordura é prejudicial à saúde, pois está relacionada ao aumento dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Água corporal:
é muito importante para o organismo, pois participa diretamente de quase todas as funções corporais, tais como: transporte de nutrientes, manutenção da temperatura corporal, eliminação das secreções, entre outras.
Segundo o American College of Sports Medicine, recomenda-se à manutenção de um nível mínimo de gordura chamada de "essencial". Lembre-se que quanto maior a sua porcentagem de gordura corporal, maiores serão suas chances de pertencer a um grupo de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e, também, articulares.

Acompanhamento de um especialista

Em geral, o primeiro passo é checar as noções básicas de nutrição. Após, com o auxílio de um programa de análise de dietas, é observado:
· Adequação das calorias recomendada para o indivíduo;
· Composição do Macronutrientes (carboidratos/proteínas e gorduras) e porcentagem de adequação do micronutrientes
· Distribuição percentual das calorias nas refeições, ou seja, qual é a maior refeição do dia e qual a menor.
É feito um levantamento de todas as sessões de treinos realizadas: modalidade, horários, duração, intensidade, e orientação da ingestão de alimentos dos diferentes grupos em função dos objetivos, e o diferencial da dieta será o TIME DE INGESTÃO. Quando comer o carboidrato a mais ou a menos, e adequação de proteína, que em geral os atletas de endurance acabam comendo pouco por achar que só deve ser enfatizada em quem objetiva ganho de massa com musculação.
Com isso será equilibrado as quantidades de carboidratos e proteínas com a referencia em gramas/quilo de peso e, ajustado de acordo com o objetivo, que sempre acaba sendo ganho de performance e perda de peso, e é onde a experiência do profissional faz a diferença, pois é um ajuste fino. Estes dois objetivos são antagônicos, quem quer melhorar performance deve aumentar ingestão e quem quer perder peso deve diminuir a ingestão.
Quanto mais leve o atleta estiver, mais rápido irá correr com menor gasto energético e menor sobrecarga para o coração.

Controle mensal

É pedido para que o paciente volte em um mês para observar a evolução da composição corporal e aderência à dieta, e daí de acordo com retornos, vão sendo acrescentados conceitos de condutas de véspera de competição, como repor treinos longos, como ganhar massa correndo, entre outros. De posse de todas as informações, o técnico poderá aprimorar e quantificar a qualidade do treino.

Quanto mais leve o atleta estiver, mais rápido irá correr com menor gasto energético e menor sobrecarga para o coração.

Wanderlei de Oliveira

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