Viva Zen, reflexões sobre o instante e o caminho (Publifolha 2004) é o primeiro livro da Monja Coen. Viver Zen ensina a mestra, “não é só ficar bem”. É um modo de começar a mudar, de recontar a história aproveitando cada instante. “Mudar o mundo ternamente requer viver zen”. Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, com sede no Japão, e é a Primaz-Fundadora da Comunidade Zen-budista, criada em 2001, com sede no Pacaembu, bairro de São Paulo.
Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen à todos que buscam a evolução física e espiritual.
“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.
Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.
Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:
Ah! Como é doce.
Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.
O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados...O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.
Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas.
Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago “.
Wanderlei de Oliveira
Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen à todos que buscam a evolução física e espiritual.
“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.
Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.
Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:
Ah! Como é doce.
Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.
O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados...O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.
Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas.
Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago “.
Wanderlei de Oliveira
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