segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Novos caminhos em 2009

Há onze anos, quando a educadora Mônica Peralta iniciou sua preparação para a maratona de Nova York, realizou vários treinos no Horto Florestal, em São Paulo. À medida que as distâncias dos treinos foram aumentando, a levou descobrir novos caminhos. E um deles, ela vem compartilhando com seus amigos, alunos e monges.
É o Parque Estadual da Cantareira, no núcleo Pedra Grande. Um patrimônio mundial de preservação desde 1994, por determinação da UNESCO – Organização das Nações Unidas, que é uma das maiores áreas de mata tropical nativa do mundo situadas dentro da região metropolitana.
No sábado dia 10 de janeiro, o grupo de caminhantes, corredores, amigos e convidados se reuniram às 8 horas da manha na entrada do parque. Após a recepção da Monica Peralta, a nossa ilustre convidada a Monja Coen (missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, responsável pelo Templo Tenzuizenji da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil com sede no Pacaembu) fez uma breve explanação do que é a “Caminhada Zen”: - “observem a sua respiração, os movimentos do seu corpo, o pulsar ritmado do seu coração, sintam a brisa, observem os raios do Sol entre as árvores, o canto dos pássaros, as folhas caindo. Essa é uma forma de meditação em movimento”.

Pic-nic na floresta

O nosso guia, pelo terceiro ano consecutivo era o Egídio Gonçalves, profundo conhecedor da reserva. Sempre prestativo e atencioso, observava cada um dos caminhantes. A cada novidade do caminho parava, para contemplar a vegetação típica de floresta tropical. Contemplar os bugios se divertindo pulando de galho em galho. Depois de mais de uma hora por trilhas de mata cerrada, subida, descida, chegamos ao lago das carpas. A Patrícia Vismara, a Anna Cáfaro, a Adriana Marmo, o Bento, seu filho de 8 anos e o Edson Stéfano, popular “maluco” foram os que mais se divertiram jogando pão para os peixes. Já os adultos, mortos de fome, nem queriam esperar a Monja para abençoar os alimentos e devorar a farta cesta de pic-nic que a Dona Mítico Nakatani carregou por todo caminho. Um dos mais gulosos para saber o que a Mítico e a Vera Alice Silva carregavam era o Carlos Cavalcante. Bem alimentados e com as mochilas vazias, estávamos prontos para a última e mais dura etapa do caminho. Chegar ao topo da montanha.

Zazen na Pedra Grande

A 1010 metros de altitude em relação ao nível do mar, chegamos a Pedra Grande. Pausa para contemplarmos a belíssima visão panorâmica da Grande São Paulo.
Conduzidos pelas sábias palavras da Monja Coen nos preparamos para a prática do Zazen (meditação). Antes ela fez uma explanação sobre o Zen: “Ser Zen não é estar à toa, sem fazer nada. Ser Zen é estar presente. Ativo. Participativo. Compromissado”. Ela também comparou a prática do Zazen com o treinamento de um maratonista. “Exige disciplina diária, paciência, persistência. Quando vem o cansaço no quilometro 30, temos que tirar uma força extra de dentro e seguir em frente. Até a linha de chegada. Ter um objetivo definido – é essa força que faz com que você não pare no meio do caminho. O objetivo, a prática, o entusiasmo conduz a vitória”. Lembrou também que este ano no calendário Chinês é o ano do touro: - um animal forte, valente, persistente.



Foram mais de três horas de caminhada e corrida onde pudemos compartilhar, emoções, alegrias, esforço, conhecimento, sabedoria, amizade, energia e o principal: - a natureza.

Wanderlei de Oliveira

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou jornalista e estou fazendo uma matéria sobre yoga, meditação e corrida e achei bem interessante este post. Gostaria de entrar em contato com a Monica Peralta para me falar sobre corrida como meditação em movimento. Meu email é patricia@esferabr.com.br tel. 11-2714-6161, a revista chama-se Prana yoga journal. obrigada.