Assim dizia o poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": - "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé".
Esta música e letra marcou o início da carreira de Dorival Caymmi, e foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961. E apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.
Saber sambar é uma arte e um esporte
O meu pai Olavo de Oliveira, um apaixonado pelo futebol e também pelo samba, foi o fundador da Escola de Samba Almirante nos anos 50. A escola era formada por jovens moradores do Bairro da Móoca, todos esportistas.
Dele herdei essas duas paixões, o esporte e a música. Comecei como passista em várias escolas, até ser convidado pelo “Pé Rachado”, fundador e presidente da Barroca da Zona Sul (que também era amigo do meu pai), para desfilar em sua escola. E lá fui eu, dos 14 aos 17 anos, até ser convidado pelo presidente da Imperador do Ipiranga, Laerte Toporcov e pela carnavalesca Maria Aparecida Urbano, para aprender a arte de “mestre-sala”. Aos dezoito anos, estreava como mestre-sala. Dessa época, guardo o carinho e respeito que as pessoas da escola tem por essa figura do “mestre-sala” e da “porta-bandeira”. São eles que carregam na avenida a bandeira da escola: - com galhardia, enaltecendo as raízes da cultura de um povo, assim como um “beija-flor” que antes de colher o néctar, circunda por várias vezes a flor, como que a pedir licença para se deleitar de prazer com o seu mel.
Os anos se passaram e o estandarte segue em frente.
Origem do Carnaval
O Carnaval teve sua origem na Itália, através de uma manifestação popular antes da era cristã, conhecida com o nome de Saturnálias. As Saturnálias eram festas em homenagem a Saturno, deus greco-romano da agricultura e do tempo. Outras divindades da mitologia greco-romana, como Baco, o rei do Vinho e Momo, rei grego da Sátira e do Riso, também dividiam as honras nos festejos.
Já o Carnaval brasileiro, famoso no mundo inteiro, é originário do entrudo português, um conjunto de brincadeiras de rua em que as pessoas atiram água, farinha, ovos podres e fuligem umas nas outras. Trazido para o Brasil no século 17, o entrudo sofreu influência dos carnavais de países europeus, como a Itália e a França. Foi quando as máscaras, as fantasias e personagens, como o Pierrô, a Colombina e o Rei Momo, entraram para a festa brasileira.
Wanderlei de Oliveira
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