segunda-feira, 30 de novembro de 2009

São Silvestre

A corrida mais importante da América Latina

Faltam apenas quatro semanas para a 85ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre e você deve programar seu treinamento para chegar em forma para enfrentar os 15 km no dia 31 de dezembro. Como estamos na fase final de preparação (específica), sua atenção deve estar focada na qualidade do seu treino.
Tenha o cuidado de não fazer os treinos de rodagem (trabalho aeróbio) mais rápido do que o planejado (observe sua respiração, que deve estar ritmada e jamais ofegante). Lembre-se de que esses treinos têm como principal objetivo à melhoria da capacidade aeróbia (resistência). É ele que será o responsável por você suportar o ritmo forte e constante por muito tempo, ou seja, completar o percurso da São Silvestre dentro do tempo estipulado pelo seu técnico, e aquele que sua condição física permitir.
Para os treinos de velocidade (trabalho anaeróbio), os cuidados devem ser maiores, uma vez que você estará atingindo seu melhor nível técnico de condicionamento. As pessoas têm uma tendência em realizar os tiros (fartlek, intervalado ou fracionado) mais rápidos do que o necessário. Com isso, você atinge o ápice antes do grande dia. No jargão do atletismo, isso significa “virar o meio-fio”. No momento mais importante, pode não ter forças para um excelente desempenho.
Redobre a atenção em relação aos seguintes itens: horas de sono (o tempo está sendo suficiente para a recuperação?), alimentação (está adequada com o gasto energético?), a hidratação durante os treinos ou mesmo ao longo do dia (tem sido adequada?). Sonolência, tontura, mal-estar e até dores estomacais são alguns dos sintomas sentidos por aqueles que não repõem adequadamente os líquidos.
Observe a cada treino como reage o seu organismo, para poder corrigir caso haja algum erro na preparação. Jamais faça treinos fortes seguidos. Seu organismo necessita de pelo menos 48 horas de recuperação após um treino mais intenso. Se este tempo não for o suficiente, dê um dia a mais. O importante é estar recuperado para o próximo treino. Caso o cansaço persistir, é sinal que possa ter alguma deficiência orgânica, tipo: - princípio de anemia ou alguma verminose procure o mais rápido possível um médico do esporte e relate o acontecimento.
A São Silvestre é realizada em pleno verão: - calor e festas de final de ano. É uma boa oportunidade para fazer todos os exames médicos que foram deixados de lado ao longo do ano. Participe deste grande evento, mas seguro e conciente de que sua saúde esta em perfeitas condições para enfrentar esse desafio. E, depois festejar a chegada de 2010.
Crédito da imagem: Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MARILDO BARDUCO E ANA LUIZA GARCEZ VENCEM CORRIDA NOTURNA CAIXA

São Paulo (SP) - Marildo José Barduco, de 33 anos, venceu no início da noite deste sábado a prova de 12 quilômetros da Corrida Noturna CAIXA, na Cidade Universitária, em São Paulo. No feminino, a vitória ficou com Ana Luiza Garcez, a Animal. Um total de 4.199 atletas participou da competição, que também teve disputas também de 4 e 8 quilômetros.

Barduco completou os 12 quilômetros em 37min39s e superou Adriano Bastos em apenas seis segundos. Jailson Araújo dos Anjos, Raimundo dos Santos e David de Aquino completaram a pódio. "Estava bem preparado e sabia que um bom resultado seria consequência. Aí, me deram a oportunidade e eu soube aproveitar", avaliou o campeão, que elogiou o fato de a prova ter sido realizada à noite. "É maravilhoso, uma delícia. Sem o sol na cabeça é só correr para o abraço", comentou o atleta patrocinado pela Montevérgine.

Na prova feminina de 12 quilômetros, o lugar mais alto do pódio ficou com Ana Luiza Garcez, 47 anos. A ex-moradora de rua cruzou a linha de chegada com o tempo de 49min01s, 14 segundos à frente de Andreia Galvão Lemes. Em terceiro lugar ficou Vivian de Oliveira, seguida de Josefa Maria da Silva, e de Cleuma Marques. "Treinei muito para essa prova e acabei sendo recompensada", avisou a vencedora, conhecida como Animal. "Como costumo treinar de madrugada, gostei muito do horário da corrida."

João da Silva Rodrigues e Juliana Vicente Armelin foram os primeiros colocados nas disputas masculina e feminina de 4 quilômetros. Já na corrida de 8 quilômetros, vitória de Marcos Francisco da Silva e de Cristiane Batista de Sousa.Os mais de quatro mil atletas amadores que participaram da Corrida Norturna CAIXA fizeram um espetáculo à parte, esbanjando alegria, dedicação, espírito esportivo e força de vontade para completar a prova, disputada sob clima ameno e agradável.

O casal Maurício e Tatiane Yasuda correu lado a lado empurrando um carrinho de bebê no qual estava confortavelmente sentada a filha Manoela, de um ano. A cada metro do circuito, os três eram aplaudidos pelo bom público que esteve na Cidade Universitária da USP.

"Nós a trouxemos para que ela já se acostume desde cedo à atividade esportiva", disse o pai, orgulhoso ao cruzar a linha de chegada. "O fato de a corrida ter sido à noite contribuiu para a vinda dela, pois pela manhã não daria, porque as provas são muito cedo e a Manoela geralmente está dormindo na primeiras horas do dia", ressaltou a mãe.

Classificação - Prova de 12 Km
Masculino


1 Marildo José Barduco, 37min39s
2 Adriano Bastos, 37min45s
3 Jailson Araújo dos Anjos, 37min52s
4 Raimundo Barbosa dos Santos, 40min40s
5 David Costa de Aquino, 43min35s

Feminino

1 Ana Luiza Garcez, 49min01s
2 Andreia Galvão Lemes, 49min15s
3 Vivian de Oliveira, 51min19s
4 Josefa Maria da Silva, 52min18s
5 Cleuma Caitano Marques, 52min31s

Vencedores - Prova de 4 Km

João da Silva Rodrigues, 13min26s
Juliana Vicente Armelin, 16min39s

Vencedores - Prova de 8 Km

Marcos Francisco da Silva, 25min11s
Cristiane Batista de Sousa, com 32min34s

A Corrida Noturna teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal e Montevérgine, com organização da Yescom, patrocínio especial de Fisk, com apoio de Café 3 Corações e HCor, apoio especial da Prefeitura Municipal de São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, da Universidade São Paulo e da Guarda Universitária. A supervisão foi da IAAF, AIMS, CBAt e Federação Paulista de Atletismo.

Mais informações no http://www.corridanoturna.com.br/
Siga a ZDL no Twitter: http://twitter.com/ZDL_assessoria
Roberto Pierantoni – MTb.: 18.194E-mail: zdl@zdl.com.br

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

São Silvestre

Faltam 12 semanas para a 85ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre e você deve programar seu treinamento para chegar em forma para enfrentar os 15 km no dia 31 de dezembro. Como estamos na fase de preparação (básica), sua atenção deve estar focada na qualidade do seu treino.
Tenha o cuidado de não fazer os treinos de rodagem (trabalho aeróbio) mais rápido do que o planejado (observe sua respiração, que deve estar ritmada e jamais ofegante). Lembre-se de que esses treinos têm como principal objetivo à melhoria da capacidade aeróbia (resistência). É ele que será o responsável por você suportar o ritmo forte e constante por muito tempo, ou seja, completar o percurso da São Silvestre dentro do tempo estipulado pelo seu técnico, e aquele que sua condição física permitir.
Para os treinos de velocidade (trabalho anaeróbio), os cuidados devem ser maiores, o seu melhor nível técnico de condicionamento será no mês de dezembro. As pessoas têm uma tendência em realizar os tiros (fartlek, intervalado ou fracionado) mais rápidos do que o necessário. Com isso, você atinge o ápice antes do grande dia. No jargão do atletismo, isso significa “virar o meio-fio”. No momento mais importante, pode não ter forças para um excelente desempenho.
Redobre a atenção em relação aos seguintes itens: horas de sono (o tempo está sendo suficiente para a recuperação?), alimentação (está adequada com o gasto energético?), a hidratação durante os treinos ou mesmo ao longo do dia (tem sido adequada?). Sonolência, tontura, mal-estar e até dores estomacais são alguns dos sintomas sentidos por aqueles que não repõem adequadamente os líquidos.Observe a cada treino como reage o seu organismo, para poder corrigir caso haja algum erro na preparação. Jamais faça treinos fortes seguidos. Seu organismo necessita de pelo menos 48 horas de recuperação após um treino mais intenso. Se este tempo não for o suficiente, dê um dia a mais. O importante é estar recuperado para o próximo treino. Caso o cansaço persistir, é sinal que possa ter alguma deficiência orgânica, tipo: - princípio de anemia ou alguma verminose, procure o mais rápido possível um médico do esporte e relate o acontecimento.
A São Silvestre é realizada em pleno verão: - calor e festas de final de ano. É uma boa oportunidade para fazer todos os exames médicos que foram deixados de lado ao longo do ano. Participe deste grande evento, mas seguro e consciente de que sua saúde esta em perfeitas condições para enfrentar esse desafio. E, depois festejar a chegada de 2010.

Corra, faça sua inscrição pela internet no site http://www.saosilvestre.com.br/, valor de R$ 90,00. Vagas limitadas para 20 mil atletas. Se você tem mais de 60 anos pagará R$ 45,00.

Especial Atletas do Futuro, hoje, às 21h30 na ESPN Brasil.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

INSCRIÇÕES PARA SÃO SILVESTRE JÁ ESTÃO ABERTAS

A 85ª edição da prova deve reunir novamente 20 mil participantes no último dia do anoSão Paulo (SP) - As inscrições para a Corrida Internacional de São Silvestre, a prova de rua mais tradicional do país, já estão abertas e devem ser feitas exclusivamente pela internet pelo site http://www.saosilvestre.com.br/. A organização abriu 20 mil vagas para a 85ª edição da prova, marcada para a tarde do último dia do ano, em São Paulo.

O valor da inscrição até o dia 30 deste mês é de R$ 80,00. De 1º de outubro até o dia 30 de novembro, a taxa será de R$ 90,00. Como vem ocorrendo nos últimos anos, a expectativa é de que as 20 mil vagas sejam preenchidas antes do final de novembro.

Os atletas acima de 60 anos têm direito a um desconto de 50% no valor da inscrição, seguindo normas do Estatuto do Idoso.

O percurso é o mesmo das últimas temporadas, com total de 15 quilômetros. A largada será feita em frente ao Masp (Avenida Paulista, 1578) e a chegada ocorrerá em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero (Avenida Paulista, 900).

A prova foi dominada no ano passado pelos estrangeiros. O queniano James Kipsang e a etíope Yimer Wude ficaram com os títulos. Fabiana Cristine da Silva, segundo lugar, foi a brasileira mais bem colocado. No masculino, Raimundo Nonato foi o melhor brasileiro ao chegar em sétimo lugar.

A São Silvestre é uma realização da Fundação Cásper Líbero e promoção da Gazeta Esportiva Net e Rede Globo. A prova tem apoio especial da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado de São Paulo. A organização é da Yescom, com supervisão é da CBAt, FPA, IAAF e AIMS.
Mais informações no site http://www.saosilvestre.com.br/
João Pedro Nunes – Mtb 11.675E-mail: zdl@zdl.com.br

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Berlim, a maratona dos recordes.

No próximo domingo, dia 20, na cidade de Berlim, Alemanhã, será disputada a trigésima sexta edição da maratona mais rápida dos últimos anos. Recorde de participantes, mais de 40 mil corredores de 122 países. Promessa de recorde mundial para os 42.195 metros. A disputa ficará por conta do queniano Dunkan Kibet, 31 anos, que tem como melhor resultado 2h04min27seg, conquistado na Maratona de Roterdã no mês de abril deste ano, com o experiente etíope Haile Gebrselassie de 36 anos, atual recordista mundial com 2h03min59s, estabelecido no ano passado em Berlim. O resultado de Kibet, é o terceiro melhor tempo da história para a distância.

No ano de 1998 o brasileiro Ronaldo da Costa vencia a Maratona de Belim com o tempo de 2h06min05seg, com direito a cambalhota na linha de chegada. Essa imagem foi destaque nos documentários internacionais. Ronaldo foi o primeiro atleta a correr a maratona em uma velocidade média superior aos 20 quilômetros por hora.

Em 2003, o queniano Paul Tergat, aos 33 anos estabelecia novo resultado com 2h04min55seg. No de 2007, com 2h04min26seg, foi a vez do etíope Haile Gebrselassie, que pela primeira vez na história das maratonas, melhorou o resultado para 2h03min59, no mesmo local, um ano depois e a terceira vitória consecutiva. Com parciais de 1h02min04seg e 1h01min55seg, ou seja, apenas 9 segundos mais rápido na segunda metade (split negativo).

Gebrselassie, é o maior destaque da Etiópia no atletismo internacional. Bicampeão olímpico dos 10.000 metros (Atlanta 96 e Sydney 2000), Haile Gebrselassie, foi recordista mundial de pista nos 10.000 metros com 26min22s75, média de 2min38s por quilômetro, estabelecido em Hengelo, Holanda, no dia 1º de junho de 1998, e dos 5.000 metros com 12min39s36, média de 2min32s por quilômetro, em Helsinque, Finlândia, doze dias depois.

Em 2002, em Doha, no Catar, registrou o recorde mundial dos 10 km em rua, com 27min02seg. Esse resultado lhe rendeu o prêmio de 1 milhão de dólares pela conquista. Esta é uma prova especial para poucos convidados que vão de jatinho particular e ficam hospedados no castelo do xeique. Gebrselassie também foi recordista mundial dos 21 K (58min55) estabelecido em Phoenix nos Estados Unidos em janeiro de 2006.

“O único motivo que pode me fazer parar com os recordes é a idade” afirmou após a prova em Berlim.

Mas não é bem isso que parece, Haile Gebrselassie ainda reserva muitas surpresas para os apaixonados pela corrida de rua.

Em 1999, estive em Berlim como jornalista para acompanhar a performance da queniana Tegla Loroupe que venceu a prova com 2h20min43seg.

domingo, 13 de setembro de 2009

Jogos Regionais do Idoso

Jogos Regionais do Idoso

A pista de atletismo do estádio Ícaro de Castro Mello do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera em São Paulo, foi a sede dos Jogos Regionais do Idoso. Evento organizado pela Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo do Governo do Estado de São Paulo com apoio da Federação Paulista de Atletismo.A nossa querida Mítico Nakatani, 77 anos de idade, apenas 1m39 de altura e com 40 quilos e meio como ela enfatiza, é campeã mundial máster da maratona e recentemente faturou duas medalhas de prata no Campeonato Mundial Máster de Atletismo realizado no final de julho e início de agosto na Finlândia. Uma das medalhas foi conquistada nos 5.000 metros de marcha atlética e a outra nos 10.000 metros, além de um bronze nos 5.000 metros. Como convidada especial dos Jogos Regionais do Idoso, venceu neste sábado os 1.000 metros com o tempo de 5min31seg.


Ao querido mestre

Um dos meus grandes mestres foi o professor Manuel Antonio de Toledo Pires, ex-decatleta, prova do atletismo que reúne dez modalidades, realizadas em dois dias. No primeiro dia: 100 metros rasos, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura e 400 metros rasos. No segundo dia: 110 metros com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo e os 1.500 metros. O vencedor é o atleta que somar o maior número total de pontos acumulados nos dois dias de provas. Pires, como é conhecido no meio acadêmico é o idealizador de muitas competições no Estado de São Paulo, como os Jogos Mini-mirim, Cross-country nos parques, Jogos Regionais do Idoso, entre várias outras. Ele também foi técnico da Seleção Brasileira infanto-juvenil, presidente da Federação Paulista de Atletismo, diretor do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães e professor da cadeira de atletismo da Faculdade de Guarulhos. A primeira equipe de atletismo a inaugurar a pista de atletismo do Ibirapuera foi comandada por ele em 1975, da qual fiz parte como atleta especialista nos 400 metros e mais tarde promovido por ele como capitão da equipe e seu auxiliar em vários torneios nacionais e internacionais.
Fotos crédito: Wanderlei de Oliveira e Fernanda Paradizo

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Lei da física ajuda atleta superar recorde nos 200 metros

Força centrípeta é a força que puxa o corpo para o centro da trajetória em um movimento curvilíneo ou circular.Objetos que se deslocam em movimento retilíneo uniforme possuem velocidade modular constante.

Foi o que ocorreu na prova dos 200 metros rasos no dia 20 de agosto no Campeonato Mundial de Atletismo em Berlim na Alemanha, cuja saída é em curva. O vencedor foi o jamaicano Usain Bolt, 22 anos, que estabeleceu novo recorde mundial com 19seg19. Exatamente um ano atrás (20 de agosto de 2008) nos Jogos Olímpicos de Pequim corria para 19seg30. Bolt, também possui o recorde mundial nos 100 metros com o tempo de 9seg58. Se dividirmos o tempo dos 200 metros por dois, equivale em 9seg39, ou seja, mais rápido do que o recorde dos 100 metros. Esse é o tempo que ele acredita ser capaz de atingir em breve.Essa é a reação da força centrípeta que age como um elástico, que é alongado na curva e solta na reta.

O experiente técnico Katsuhico Nakaya, 51 anos, ex-velocista (10seg25) nos 100 metros em 1983 em Edmonton nas Universíadas no Canadá. Hoje, técnico do Clube de Atletismo BM&F Bovespa é o responsável técnico do revezamento que esta em Berlim, analisou os 200 metros de Bolt que fez a curva no meio da raia, perdendo aproximadamente de 1 metro a 1,5 metros correndo a mais. Os primeiros 100 metros em curva não é corrido tão rápido quanto os 100 metros do recorde. Eles correm de 20 a 30 centésimos mais lento em relação aos 100 metros. Já o segundo 100 metros que é uma vantagem por correr lançado, o atleta tem um ganho de centésimos preciosos, observou Nakaya. Outro fato interessante é a posição do corpo do atleta, se ele deslocar muito o corpo e a cabeça para o lado interno perde o sincronismo e conseqüentemente a velocidade.

Foto crédito: IAAF (Getty Images)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Volta Olímpica, coisa de brasileiro!

Todos sabem que o brasileiro é um povo festivo, alegre, brincalhão. Tudo é motivo para piada. Os nossos patrícios os portugueses que o digam. As piadas mais engraçadas são direcionadas aos lusos. Sem maldade, é claro!

Com esse espírito, um brasileiro, até então desconhecido no mundo esportivo, se tornava campeão olímpico no salto triplo em Helsinque na Finlândia em 1952 com direito a quatro recordes mundiais consecutivos na mesma prova: 16m05, 16m09, 16m12 e 16m22. Para compartilhar com o público que o aplaudia em pé incessantemente pela sua inédita e fantástica conquista - percorreu os 400 metros da pista de atletismo saudando o público. O fato histórico virou um hábito dos medalhistas de ouro. E o seu carisma rendeu um museu em sua homenagem e vários fãs em Helsinque na Finlândia. Adhemar Ferreira da Silva foi descoberto pelo ex-atleta de 400 metros Evald Gomes da Silva, e treinado pelo técnico alemão Dietrich Ulrich Gerner, do São Paulo Futebol Clube. O comendador Evald, mais tarde se tornaria presidente da Federação Paulista de Atletismo (1974 a 1981). Adhemar, sempre tinha uma palavra de incentivo aos jovens atletas. Em 1980, eu trabalhava na Federação Paulista de Atletismo e ajudava o presidente Evald nas reuniões de diretoria e carinhosamente o Adhemar me chamava de secretário. Quando fui convidado para participar da corrida de San Fernando, prova de 10 K em Punta Del Leste no Uruguai em 1996, lá estava o Adhemar Ferreira da Silva que se prontificou em fazer minha inscrição. Na noite anterior a prova me convidou para jantar com ele em um belíssimo restaurante na paradisíaca cidade turística a fim de me entregar o kit da corrida.

Um verdadeiro gentleman!

Adhemar foi poliglota, escultor, professor de educação física, advogado, relações públicas, cantor, Adido Cultural na Embaixada brasileira em Lagos na Nigéria de 1964 a 1967, ator na pela “Orfeu da Conceição” de Vinícius de Moraes e no filme “Orfeu Negro” em 1962, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Além de ser o único brasileiro bicampeão olímpico no atletismo na modalidade do salto triplo (1952, Helsinque, Finlândia e 1956, Melburne, Austrália).

Saudades deste grande homem, esportista que faleceu no dia 12 de janeiro de 2001.

Foto crédito: XII Campeonato Mundial de Atletismo - IAAF - Estádio Olímpico de Berlim 2009 (Getty Images)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MEIA MARATONA DO RIO REÚNE 17 MIL ATLETAS

Inscrições foram encerradas nesta quarta-feira, bem antes do prazo final de 31 de agosto

São Paulo (SP) – As inscrições para a 13ª Meia Maratona do Rio de Janeiro, que será disputada no dia 6 de setembro, com largada em São Conrado e chegada 21.097 metros depois no Aterro do Flamengo, estão encerradas. A prova terá o recorde de 17.000 participantes, o que só demonstra o grande interesse e a importância na mais bonita corrida de rua da distância do país.

A prova reunirá os principais corredores de rua do país e convidados expressivos do exterior. O forte nível técnico da prova, que foi válida pelos Campeonatos Mundiais de Meia Maratona da CAIXA e IAAF (Federação das Associações Internacionais de Atletismo), está mais uma vez comprovado.

Todos os inscritos deverão retirar o kit de participaqção nos dia 3 e 4 de setembro, das 9 às 19 horas, e no dia 5, das 9 às 16 horas, no Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (Monumento aos Pracinhas), no Parque do Flamengo ao lado do MAM (Museu de Arte Moderna).A Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro é uma realização da Rede Globo, com organização da Yescom, patrocínio da CAIXA, Adidas e Fisk, apoio de Gatorade, Montevérgine, 3 Corações, HCor, TAM Viagens e apoio especial da Prefeitura do Rio de Janeiro. A supervisão é da IAAF, AIMS, Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj).

Mais informações no site http://www.meiamaratonadoriodejaneiro.com.br/

João Pedro Nunes - Mtb 11.675E-mail: nunes@zdl.com.br

Foto Crédito: Sergio Shibuya/ZDL

Gambá-ré

O Parque do Ibirapuera em São Paulo é uma das maiores áreas verdes da capital e a preferida do paulistano para a prática da caminhada e corrida matinal.Lá também são encontradas mais de cem espécies de pássaros.

Um dos mais bonitos é o cardeal. Uma das aves que estão em risco de extinção.

Na época da colonização o Parque do Ibirapuera foi uma área alagadiça que abrigava uma aldeia indígena. Na língua tupi, ibirá significa árvore e puera, o que já foi: - árvore apodrecida. Na década de 20, o prefeito da cidade de São Paulo, José Pires do Rio, pensou em transformar o local em um parque como o Bois de Boulogne em Paris na França, o Hyde Park em Londres na Inglaterra e o Central Park em Nova Iorque nos Estados Unidos. Manuel Lopes de Oliveira o “Manequinho Lopes”, um apaixonado por plantas, iniciou em 1927 o plantio de centenas de eucaliptos australianos com objetivo de drenar o terreno e eliminar o excesso de umidade.

Inaugurado no dia 21 de agosto de 1954 no IV Centenário de São Paulo, foi lá que meus pais Olavo de Oliveira e Tereza Campos de Oliveira se conheceram. A área total é de mais de 1,5 milhão de metros quadrados de verde. Projetada pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer e paisagismo de Roberto Burle Marx. Várias atrações podem ser acompanhadas no Museu de Arte Moderna, Planetário, Pavilhão da Bienal, Pavilhão Japonês.

Gambá-réHoje, às 7 horas da manhã no Parque do Ibirapuera na rodagem de 15 quilômetros com a Patrícia Vismara e a Gabrielle Berbigier, presenciamos uma cena rara, um gambá correndo em direção a pista de cooper. O animalzinho parecia desesperado a procura de sua parceira. Mas para os orientais a vida continua, e eles sabiamente usam a expressão ”gambaré” que significa: - vamos em frente!Entre as várias atrações do Parque do Ibirapuera estão: Museu de Arte Moderna, Planetário, Pavilhão da Bienal, Pavilhão Japonês e shows de vários artistas, orquestras, exposições aos finais de semana.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Não corra do frio

Se você tem mais de trinta anos, certamente vai se lembrar deste jingle, em que se ouvia o seguinte diálogo: - Toc, toc, toc, - Quem bate? - É o frio! E no final eram cantados os seguintes versos: “Não adianta bater, eu não deixo você entrar, as Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar, nas Casas Pernambucanas e nem vou sentir o inverno chegar”.

Estamos no outono, o inverno chegará no final do mês. As madrugadas são frias e úmidas; no período da tarde, o ar é seco e a poluição aumenta.Alguns cuidados preventivos que podem ser tomados pelos praticantes da corrida:

Efeito sanfona: no frio o risco de engordar aumenta, devido à ingestão de alimentos de alto teor calórico. Procure manter uma alimentação balanceada, bem parecida com a que você consumiu no verão.

Deixe a preguiça de lado: se você está habituado a se exercitar pela manhã, mas, no frio pensa duas vezes antes de se levantar da cama quente, mantenha a rotina, porém, previna-se contra o frio.

Resistência em alta: todos sabem que a atividade física regular aumenta a resistência orgânica, prevenindo de gripes, osteoporose, doenças cardíacas. Consuma neste período alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, mamão papaia, brócolis, morango, kiwi. Vale também reforçar a ingestão de alimentos que contenham vitamina E (potente antioxidante que combate os efeitos dos radicais livres): germe de trigo, amêndoa, gema de ovo.

Proteja o seu corpo: use roupas especiais para o inverno e dê preferência para os tecidos de performance, como os tecidos inteligentes: termo air, suplex, e dri-fit (que mantém a temperatura de seu corpo enquanto você corre e transpira, sem encharcar a camiseta). A região de seu corpo que merece maior atenção é a do peito, por reunir vários órgãos vitais. Mantenha-o sempre protegido. Extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Proteja-os com luvas e meias especiais. Caso tenha pouca proteção no telhado, use boné de suplex, para não esquentar demais a cabeça. Ao término da corrida troque a roupa molhada por roupas secas de imediato.

Não corra ensacado: os plásticos junto ao corpo elevam demais a temperatura interna, aumentam a sudorese e predispõem à desidratação.

Água fresca: mesmo no inverno se faz necessário à ingestão de água antes durante e após aos exercícios. Mantenha o hábito de se hidratar a cada 20 minutos com 200 ml de água durante a sua corrida diária. Durante o dia, 3 litros de água serão suficientes.

Indoor: se você é daqueles que prefere correr em um lugar sem vento ou frio, com temperatura aclimatizada, o melhor é optar pela esteira. Saiba que ela surgiu com essa finalidade em países como a Finlândia, onde seis meses por ano neva e os outros seis meses faz frio. Como os atletas olímpicos não tinham onde treinar ao longo do ano, os cientistas do esporte, criaram a esteira e o frequêncímetro.

6h26 da manhã. Lua Crescente. Sol no signo de Gêmeos. Segundo dia de junho. Parque do Ibirapuera em São Paulo, temperatura de 8 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 1.821 quilômetros, são cento e cinquenta e quatro dias em vinte e três semanas de 2009. A média esta em 11,8 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 esta em 79.128 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 552 quilômetros para completar duas voltas.

Foto crédito: IAAF (Marilson Gomes bi-campeão da Maratona de Nova York)

sábado, 25 de julho de 2009

Alma lavada, espírito purificado!

O corpo humano é constituído de 70% de água. 70% da superfície terrestre é composta de água. A água irriga e alimenta a Terra, o sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta o corpo. No artigo dois da Declaração Universal dos Direitos da Água, enfatiza que ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal e humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação a agricultura. Um banho de quatro minutos consome 40 litros de água. Nós seres humanos, não somos hidrossolúveis.
Correr duas horas na chuva é uma benção, você termina o treino de alma lavada e o espírito purificado. Foi assim que se sentiram meus companheiros de treino, o Wilian, Egídio, Mr. Wilson e o Alexandre. Depois, para soltar, nada melhor do que nadar 1.000 metros em piscina aquecida.

6h59 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Leão. Vigésimo quinto dia de julho, inverno brasileiro. Cidade Universitária de São Paulo. Temperatura de 9 graus, garoa. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.408 quilômetros, são duzentos e dezesete dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.725 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 275 quilômetros para completar oitenta mil.

Foto crédito: Patricia Vismara - Orlando - USA

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Wind-Sprint

É um ótimo exercício para se ganhar velocidade e resistência. Possibilita ao praticante - energia e força mental para se autosuperar em competições. São corridas de 1.000 metros a 3.000 metros em pista de atletismo alternando 100 metros forte (reta) com 100 metros de soltura (curva) ou 50 metros forte por 50 metros de trote. O aquecimento para esse trabalho deve ser realizado com calma. No mínimo 40 minutos entre alongamentos, trote de aquecimento e retas de 50 a 100 metros para elevar a frequência cardíaca. Se o dia estiver frio e chuvoso, os cuidados são maiores.

6h23 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Leão. Vigésimo quarto dia de julho, inverno brasileiro. Centro de Excelência do Atletismo, Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera, São Paulo. Temperatura de 12 graus, com chuva, pista alagada e vento contra, a sensação térmica era de 9 graus. Fizemos o Wind-Sprint na distância de 3,000 metros. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.388 quilômetros, são duzentos e dezeseis dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.705 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

À deriva

Quando um navio sai do porto, ele parte em direção a algum lugar.Existe um tempo estipulado para se chegar ao destino.Quando isto não ocorre, a embarcação fica à deriva.Perdida.

O cantor Ed Motta na letra de sua música com o mesmo título vislumbra: - “De um rio que não corre mais no seu leito. Vou mergulhar nessas noites mortais. Tudo anda lento…”.

Para não se sentir assim: - melancólico, perdido, sem direção; crie novos desafios. Emagrecer, ganhar condicionamento físico, correr os 15 quilômetros da São Silvestre no dia 31 de dezembro, podem ser alguns dos estímulos para você dar o primeiro passo.Mas, seja organizado, disciplinado, persistente. Tente. Vá em frente!Assim, você saberá qual destino seguir.

Se você sabe aonde quer chegar, já terá percorrido metade do caminho.

Corra em busca de seus sonhos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Duas voltas ao redor da Terra

A Lua Cheia é fonte de inspiração para músicos, poetas, escritores e cineastas que a usaram para criar pânico com suas cenas macabras de vampiros, lobisomens.
As várias fases da Lua influenciam os movimentos das marés, o corpo humano, as plantações. Dizem até que na Lua Crescente é possível crescer cabelo. Misticismo ou não, só o fato de acreditar já manifesta transformações.
365 dias é o tempo que a Terra leva para dar a volta em torno do Sol.Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros. Num ritmo de 6 minutos e 20 segundos por quilometro, uma pessoa levaria 175 dias correndo sem parar para dar a volta ao mundo pela linha do Equador.Se uma pessoa andar 5 quilômetros por dia, ao final de um mês terá percorrido 150 quilômetros, e no ano 1800 quilômetros. Se um par de tênis dura em média 500 quilômetros, ela terá gasto 3 pares e meio no ano.
Uma pessoa consome durante os 365 dias do ano o equivalente a uma tonelada de alimentos.Para gastar tudo isso - só fazendo exercícios aeróbios diariamente.Hoje completei 79.680 quilômetros, o equivalente a duas voltas ao redor da Terra.

6h23 da manhã. Lua Nova. Sol no signo de Câncer. Vigésimo segundo dia de julho, inverno brasileiro. Centro de Excelência do Atletismo, Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera, São Paulo. Temperatura de 15 graus. Desde o primeiro dia de janeiro percorri 2.363 quilômetros, são duzentos e quatorze dias em trinta semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia

Fonte: Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte, Cia das Letras

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dor de treino cura-se com treino

Essa é uma das máximas do professor Valdir José Barbanti. Barbanti, natural de Itapira, interior de São Paulo, foi um dos grandes atletas nos anos 70 no decatlo, prova exclusiva para homens. No primeiro dia eles competem nos 100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura e 400 metros rasos. No segundo dia, os 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e para terminar os 1.500 metros rasos. O atleta vencedor é o que soma o maior número de pontos ao final da competição. Como bom educador e atleta, é possível encontra-lo treinando diariamente no Esporte Clube Pinheiros ou no Campus da USP onde é Professor Titular da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Valdir Barbanti é o primeiro PhD em Educação Física pela University of Iowa, nos Estados Unidos e preparador físico da seleção brasileira masculina de basquete.

Se você faz parte do seleto grupo dos oitenta corredores que completaram a oitava edição do Circuito Montanholi e ainda sente dores devido as subidas e descidas do percurso, nada melhor do que um treino de rodagem lenta no gramado para massagear a musculatura.
Confira os resultados no site http://www.circuitomontanholi.com.br/

Foto crédito: Tião Moreira

domingo, 19 de julho de 2009

Caminho das águas

Depois de correr 21 quilômetros no sábado na cidade de Morungaba, interior de São Paulo e consumir durante a prova 1,5 litros de água, distribuídos em 1h53 minutos. Domingo é dia de relaxar. Saio correndo de minha residência em direção ao Jardim Botânico, região Sul da cidade de São Paulo, onde se localiza a reserva de Mata Atlântica do Parque do Estado, que representa mais de 10% do total de áreas verdes da cidade.
Às 6 horas e 32 minutos entro na Alameda Fernando Costa, um deck construído de madeira nativa. Percorro até a trilha de terra que batizei de “trilha dos bugios”, por ser o local preferido desses animais alegres e brincalhões. A trilha é circundada pela mata fechada do Jardim Botânico que me leva até a nascente do riacho do Ipiranga.
De lá é possível percorrer “o caminho das águas”, da nascente ao fluente. O Jardim Botânico de São Paulo completou 80 anos de existência. Foram 12 quilômetros em pleno contato com a natureza.
Se você ainda não conhece, vale um passeio ao Jardim Botânico na Avenida Miguel Stéfano, 3031 no bairro da Água Funda e fica aberto de terça a domingo, das 9 às 17 horas.Como sou vizinho ao parque, tenho uma carteira de identidade de usuário que me permite correr das 6 às 9 horas da manhã.

6h14 da manhã. Lua Minguante. Sol no signo de Câncer. Décimo nono dia de julho, inverno brasileiro. Parque do Estado de São Paulo, Jardim Botânico, temperatura de 11 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 2.329 quilômetros, são duzentos e onze dias em vinte e nove semanas de 2009. A média está em 11,0 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.646 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apena 34 quilômetros para completar duas voltas.

Foto crédito: Parque Cientec - USP (www.parquecientec.com.br)

sábado, 18 de julho de 2009

MOTIVAÇÃO

A cada manhã, foque seus objetivos. Isso manterá você motivado, determinado para chegar onde deseja. Mas, crie objetivos a curto, médio e longo prazo. O segredo é a motivação.
Eduard Deci e Richard Ryan são professores do departamento de clínica e ciências sociais em psicologia da Universidade de Rochester nos Estados Unidos. Eles criaram em 1980 a “teoria da autodeterminação”.
Essa teoria é baseada no comportamento humano. São classificadas três necessidades psicológicas primárias e universais: - autonomia, capacidade, relação social.
O filme “o poder alem da vida”, sintetiza bem essa teoria. Reflexões sobre o cotidiano. Preconceitos. Medos. O ginasta retratado no episódio vivencia esses conflitos. A autonomia é a autodeterminação de superar suas deficiências.
Capacidade é enfrentar os problemas, se preparar para atingir seu objetivo. E a relação social é saber lidar com tudo isso e conviver com seus companheiros de treino, sem julgá-los.
É essa autodeterminação que fez com que enfrentasse o desafio dos 21 K do Circuito Montanholi após o acidente no ano passado no quilometro doze, que me obrigou a interromper a prova com várias escoriações nas pernas, braços, corte interno na boca (na ocasião usava aparelho nos dentes). Tudo isso em seis meses já estava superado. Mas até hoje a cada passada sinto dores nos joelhos devido ao forte impacto nas pedras. Mesmo assim, fui lá, fiz o percurso - correndo. Oitenta atletas completaram a prova, duas mulheres e 25 homens abaixo das duas horas.
Um dos fatores mais importantes para o “sucesso na corrida, não é o corpo - mas a mente”.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cross-Country: cuidados para participar com segurança

O cross-country (corrida pelos campos) originou-se na Inglaterra, no começo do século 19. Era um jogo chamado "caça ao coelho" ou "caça ao papel", em que o corredor, ou grupo, tinha que marcar uma trilha com pedaços de papel e fazer o circuito completo sem errar.
Em 1962, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) formula as regras para a prova masculina e feminina.
Não há uma distância oficial, mas a IAAF estipula 12.000 metros a distância mínima para provas masculinas internacionais e de 2.000 metros a 5.000 metros para as femininas. As provas são disputadas individualmente e por equipes, que podem ser formadas de 5 a 9 atletas.
Desde sua primeira edição em 1973, na cidade de Waragerm, na Bélgica, até a última edição em Aman, na Jordânia, foram realizadas trinta e sete edições.

Cuidados para este tipo de prova

Tênis: para cada tipo de piso, exige-se um tênis adequado, por exemplo: em Campeonatos Mundiais realizados em hipódromo (grama), os atletas costumam usar sapatilhas com pregos de até 15 milímetros para maior aderência ao piso. Se o piso for em terra, deve-se dar preferência a um modelo com solado que tenha pequenas saliências (tipo cravos) para evitar escorregões. O uso de modelos de competição com solado liso é inadequado para este tipo de prova. Em circuitos com muitas subidas e descidas, se o atleta estiver com peso acima de 70 quilos, pode optar por um tênis com mais acolchoamento (mas não muito alto) devido ao forte impacto das descidas - que pode ser superior a quatro vezes o seu peso (280 kg de impacto em cada pé). Para circuitos à beira-mar (cross-sand) vale a mesma recomendação para o tipo de tênis usado em terra, porém deve ser leve, pois com a areia molhada ou seca o tênis tende a ficar mais pesado.

Meias: devem ser usadas sempre para qualquer tipo de piso, como proteção extra para evitar atrito. Prefira as de coolmax, dri-fit de fácil absorção do suor (de cano curto), facilitando a troca de oxigenação com o meio externo.

Aquecimento e alongamento: devem ser iniciados no mínimo 50 minutos antes da prova, reservando: - 20 minutos para alongamentos específicos priorizando, joelhos, articulações do tornozelo, coluna, pescoço, virilha e panturrilha. Faça uma corrida de aquecimento (ritmo bem lento) em percurso plano: em torno de 20 minutos. Se o circuito da prova for em subida (vale fazer 10 minutos no percurso para reconhecimento). Após a corrida de aquecimento, fazer 4 a 6 corridas mais aceleradas de 50 a 100 metros para elevar a freqüência cardíaca e prepara-lo para a prova. Jamais em sprint máximo. Faça essa corrida enfatizando a amplitude de suas passadas. Ao término da prova: novamente um trote de 5 a 10 minutos para desaquecimento e mais 20 minutos de alongamentos.

Atenção redobrada em circuitos com trilhas: caso a prova tenha muitos participantes querendo passar ao mesmo tempo pelo mesmo lugar e que dificulte a sua visão do piso. Espere até poder visualizar onde poderá estar pisando, para evitar o desconforto de uma torção, obrigando-o a interromper a prova.

Estratégia para o cross-country: em Campeonatos Mundiais que vale a estratégia da equipe, é comum vermos dois ou três atletas de um mesmo país comandar a provar (ditar um ritmo muito forte) com o objetivo de atrapalhar o ritmo dos adversários, como fazem os atletas do Quênia. O vencedor somente aparece no final. Já para as provas populares em que são realizadas em circuitos (voltas de 2.000 metros até 6.000 metros em circuito longo), deve-se ter o cuidado de saber dosar o ritmo inicial, uma vez que em circuito você terá que passar várias vezes e fazer curvas fechadas, exigindo desaceleração. Nas provas realizadas em bosques ou campos, existem valas e troncos de arvores que você terá que ultrapassa-los (saltando de preferência), solicitando força para impulsão.

Alimentação e hidratação: as provas de cross-country exigem mais dos atletas, além de uma preparação especial, vale também uma atenção maior para a alimentação que pode ser composta de alimentos de fácil digestão (no dia da prova) e se hidratar ao máximo até momentos antes da largada. Tenha o cuidado de não ingerir alimentos gordurosos nos dias que antecede a prova. Prefira os carboidratos simples, como: massas, pães, batata, milho e frutas.

Use protetor solar: neste tipo de prova (local) e pelo horário (sempre próximo ao meio dia), vale usar um protetor solar.

Wanderlei de Oliveira
Foto crédito:
IAAF - Getty Images

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Educação através do esporte

“No esporte como na vida, às vezes se ganha, às vezes se perde. O importante é o próximo desafio.” Cresci com essa filosofia inspirado pelo meu pai Olavo de Oliveira que era um esportista nato. No início de 1980 fui convidado pelo comendador Evald Gomes da Silva presidente da Federação Paulista de Atletismo, para trabalhar na entidade que estava inaugurando sua sede na Rua Joinville no Ibirapuera. Esse foi um dos períodos mais importantes da minha formação como profissional e ser humano. Lá, conheci pessoas fantásticas com a qual aprendi muito e uma delas foi o coronel Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho, professor de atletismo da Escola de Educação Física da Polícia Militar e técnico de vários atletas que representavam nosso país em provas internacionais. Seu pupilo de maior destaque foi José Romão Andrade da Silva, recordista de várias provas de meio-fundo e fundo nos anos 70. O comendador Evald era um admirador do coronel Corrêa, que foi vice-presidente e depois eleito presidente da FPA de 1982 a 1984.

Fiquei surpreso e emocionado ao receber esta nota que é uma honra colocar no site, aproveito também para expressar meus agradecimentos ao grande mestre Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho.

Amigo Kinoshita,

Amigos do Atletismo,

Ao receber a mensagem do “Mário”, fui até o site do Wanderlei e não resisti à tentação de matar a saudade dos “velhos tempos”. Espero que, como o Miltão, a quem agradeço por ajudar-me a reencontrar vários atletas dessa época, para uma atividade preparatória do centenário da Escola de Educação Física, na última sexta feira, vocês possam participar das próximas que ocorrerão até o dia do centenário.

A propósito, divido com todos a minha satisfação ao ler os textos do Wanderlei, que me provocaram a gana de escrever a nota abaixo, que deixei gravada por lá.

Grato pela oportunidade e um grande abraço a todos!

Sebastião Alberto Corrêa de Carvalho

Presidente do Distrito Brasil - Panathlon International


“Amigo Wanderlei, depois de tantos anos (no mínimo, 18 ou 20!) venho reencontrá-lo através deste milagre da internet (foi o Kinoshita quem me mandou a proposta de VIAGEM DE FÉRIAS) e fico-lhe muito grato pela “hora da saudade” que me proporciona, ao remeter-me suas informações. Li todos os posts aqui expostos e me senti retornando aos dias felizes e heróicos em que tive a honra de conviver diariamente com os atletas da Polícia Militar. Particularmente, falaram ao meu coração e aos meus olhos o “teste de 3000 metros”, que aplicamos com sucesso a todos os PM candidatos a ingressarem na equipe em construção na Escola de Educação Física (Escola pioneira do Brasil, que vai completar 100 anos em 8 de março de 2010); a sua palestra no CAES para as Policiais Femininas, no dia 12 de maio, fazendo-me lembrar a então Sgt Isabel Chaves e a atual, Claudia Aparecida Adolfo (à época uma menininha em torno de 10-11 anos de idade!); o “cross sand” que, na primeira ida (e em todas as outras) à Praia Grande ainda não tinha esse nome sofisticado, mas foi verdadeira festa, fazendo nossos marmanjos de 20 a 30 anos voltar à infância (1967); a “superação”, que vimos acontecer muitas vezes ao longo de mais de dez anos de rica aprendizagem, com pessoas especialíssimas como Benedito Fermino do Amaral, Luiz Fernando Caetano, Orides Alves, José Romão Andrade da Silva, Aloisio de Araujo, Darcy Leão Pereira, Francisco Alves de Barros, Benedito Valdemar Adolfo (Pai da Cláudia) Luiz Carlos Ananias, José do Desterro Silva, Norival Divino, Nelson Gomes da Silva, Valdemar Dantas de Souza, João e José Marques, Carmo de Campos, Agostinho Moreira Chaves, Joel de Carvalho Rocha, João Roberto de Souza, para só falar de alguns corredores que seu trabalho evoca em minha memória; e, para coroar, o “ver para crer” com a imagem da Pedra Grande na Cantareira, nosso lugar preferido de treinamento, ao lado do Arboreto de Vila Amália, cujo silêncio e imensidão me permitiam um saudável e praticamente diário encontro com a natureza exuberante do lugar! Parabéns e muito obrigado!”

Wanderlei de Oliveira

Foto crédito: Fernanda Paradizo

terça-feira, 30 de junho de 2009

Viagem de férias

Nada mais agradável do que conciliar as férias do trabalho com uma prova no exterior e aproveitar para fazer turismo.Veja a seguir algumas dicas que podem ser úteis para “um marinheiro de primeira viagem”

Antes do embarque
Verifique junto à companhia aérea (no mínimo 48 de antecedência), a possibilidade de solicitar uma alimentação de seu gosto, caso seu organismo não esteja acostumado às comidas servidas durante o vôo. É de graça.

Tênis nas mãos
Não se assuste, você não irá correr de ponta cabeça. Para evitar os freqüentes extravios de mala, leve na bagagem de mão, o tênis e a roupa que irá correr a prova.

Durante o vôo
Devido à despressurização da cabine da aeronave, há uma predisposição a ressecar a pele e as narinas. Para se prevenir, hidrate-se a cada trinta minutos ou no máximo a cada hora, com água natural. Vale também hidratar a pele com algum creme hidratante.Há estudos que mostram os efeitos negativos que podem causar os vôos em grandes altitudes. A primeira parte do corpo a sentir, são os pés e pernas. Ficam inchados. Para ajudar a amenizar este efeito, procure fazer alongamentos e caminhadas nos corredores da aeronave.Viajar com roupas confortáveis, também irá ajudar a se sentir melhor. As mulheres devem evitar o uso de sapatos de bico fino e saltos, se tirá-los dos pés durante o vôo, dificilmente conseguirão colocá-los de novo.

Temperaturas baixas
Previna-se caso vá para países com temperaturas abaixo de zero. Leve em sua bagagem, moletom, running tight (leg ou calça comprida especial para treino), luvas, toucas ou bonés, para proteger as extremidades.As regiões do corpo que mais sofrem, são as mãos, os pés, a cabeça e o peito. Proteja-os, e verá como fica mais fácil correr no frio. Também é recomendável o uso de protetor no rosto e nos lábios para evitar ressecamento ou rachaduras.

Alimentação
Na França, faça como os franceses. Na Itália, como os italianos. Evite os alimentos de difícil digestão, para não ter surpresas. No geral, conheça a maravilhosa culinária desses países.Lembre-se de ter sempre em mãos uma garrafa d’água, durante os passeios.

Fuso horário
Como sugestão pessoal e conforme pesquisas do American College Sports of Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva), para cada hora de fuso a mais ou a menos, tenha um dia de adaptação. Ou seja, caso vá para o Japão, que tem fuso horário de 12 horas em relação ao Brasil, chegue no local 12 dias antes. Isto é o ideal. Seu organismo irá lhe agradecer.

Efeito “jet leg”
Para combater a sensação desagradável de estar com sono, pernas inchadas e um desconforto que parece dor de cabeça, ao chegar no quarto do Hotel, jogue as malas na cama, calce o tênis, hidrate-se, alongue-se e vá dar uma “corridinha” de meia-hora em um parque próximo. Ao retornar, tome uma boa ducha e vá passear, forçando no primeiro dia o seu organismo para entrar no fuso. Almoce e jante na hora local. E, vá para a cama, também no horário local. No dia seguinte, vida normal.

6h26 da manhã. Lua Crescente. Sol no signo de Câncer. Trigésimo dia de junho, inverno brasileiro. Parque do Ibirapuera, temperatura de 17 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 2.093 quilômetros, são cento e noventa e dois dias em vinte e sete semanas de 2009. A média está em 10,9 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.410 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 270 quilômetros para completar duas voltas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Footing na relva

Além de fortalecer as pernas, correr na grama previne lesões

Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984 nos Estados Unidos, o atleta português Antônio Leitão, foi o medalha de prata nos 5.000 metros, atrás do então recordista mundial e campeão olímpico, o marroquino Said Auita (hoje técnico da equipe de fundistas da Austrália). Leitão realizava seus treinos diários em campo de golfe na cidade do Espinho, onde morava. Os treinos em pista eram feitos apenas nas semanas que antecediam as principais provas internacionais, que o obrigava a se locomover para a cidade do Porto. O mesmo acontecia com o atleta marroquino, indo treinar em Madri, na Espanha. Ainda hoje, os atletas africanos realizam a maior parte dos seus treinos em trilhas ou campos. Quando morava em Portugal em 1987, e treinava com a equipe de fundistas do Sporting Club (campeã da Europa), todas as sextas-feiras praticávamos o footing na relva no Lisbon Golf Club (foto desta postagem).

Estudos recentes apresentados no American College Sports of Medicine demonstram que o piso gramado pode reduzir em até 80% o impacto das passadas durante a corrida. Nos Estados Unidos, os atletas de elite fazem seu aquecimento (warm-up) antes dos treinos de pista em uma outra pista de grama, construída especialmente para este fim.

O piso gramado, por ser macio, favorece o fortalecimento das pernas (em geral). Já o piso de asfalto, devido ao solo duro, predispõe o corredor a microlesões, podendo até comprometer o seu futuro.

Asfalto, só para competições ou treinos específicos de ritmo, mas com tênis bem acolchoado. Saiba que muito treino em asfalto pode deixá-lo lento e com a musculatura atrofiada (encurtada), devido aos movimentos repetitivos.

Cuidado se você estiver acima do seu peso ideal, mesmo que seja “apenas 5 quilos”, opte por correr em grama, para evitar o risco de uma sobrecarga nos joelhos e coluna.

Após uma competição em prova pedestre (asfalto), faça a sua recuperação em grama e sinta o alívio que este tipo de piso lhe proporcionará para a musculatura de suas pernas.

Outro fato interessante, quando se corre no piso gramado, há uma tendência a reduzir o ritmo, o que é ótimo para a melhoria do sistema cardiorespiratório, queima de gordura e ganho de resistência.

Escolha um piso gramado e boas corridas.

6h26 da manhã. A Lua cheia iluminava todos durante o alongamento. Sol no signo de Gêmeos. Nono dia de junho, outono brasileiro. Rodagem no gramado do Parque do Ibirapuera, temperatura de 13 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 1.896 quilômetros, são cento e sessenta e um dias em vinte e quatro semanas de 2009. A média está em 11,8 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 está em 79.203 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 477 quilômetros para completar duas voltas.

domingo, 7 de junho de 2009

Clube BM&FBOVESPA vence o Troféu Brasil

Equipe terminou com 777 pontos na contagem geral, 27 medalhas de ouro, 19 de prata e 15 de bronze; Marilson dos Santos e Fabiana Murer foram os melhores atletas da competição

Rio de Janeiro - O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA ganhou o nono título consecutivo, na 28ª edição do Troféu Brasil, encerrada neste domingo, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. O Clube somou 777 pontos, com a Rede Atletismo em segundo lugar (720) e o Pinheiros em terceiro (114). "Falta um para ser decacampeão", gritavam os atletas, comemorando na pista. O clube levou 88 atletas ao Rio e somou, em quatro dias de competição, 61 medalhas: 27 de ouro, 19 de prata e 15 de bronze.Fabiana Murer, que bateu o recorde sul-americano do salto com vara (4,82 m), com a melhor marca do ano, e Marílson Gomes dos Santos, que ganhou os 5.000 m e os 10.000 m com recordes do Troféu, foram premiados como os melhores atletas da competição."Felizmente consegui chegar em uma grande fase no Troféu Brasil e ajudar o Clube BM&FBOVESPA na conquista desse título tão importante para quem investe no atletismo há tanto tempo. Agora vou dar sequência nos treinos para correr a maratona no Mundial de Berlim, em agosto", acentou Marílson, bicampeão da Maratona de Nova York.A rivalidade com a equipe Rede, que tem dois anos, acirrou a disputa do Troféu Brasil este ano e deu tom especial à vitória. "No ano passado fomos surpreendidos por uma boa atuação da Rede e pelo assédio aos nossos atletas. Vários deles receberam propostas financeiras irrecusáveis. Substituímos alguns técnicos que saíram, contratamos outros, reestrututramos o nosso trabalho e tudo deu certo", avaliou o diretor-técnico Sérgio Coutinho Nogueira, que deixará a função, após mais de 20 anos no comando de equipes no Troféu Brasil e passará a atuar somente no Conselho Administrativo do Clube BM&FBOVESPA.

"Foi a vitória da competência, da ética, da união e sobre o dinheiro", acrescentou o técnico-chefe da equipe, Ricardo D'Angelo.

LOCAL DA COMUNICAÇÃO

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não corra do frio

Se você tem mais de trinta anos, certamente vai se lembrar deste jingle, em que se ouvia o seguinte diálogo: - Toc, toc, toc, - Quem bate? - É o frio! E no final eram cantados os seguintes versos: “Não adianta bater, eu não deixo você entrar, as Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar, nas Casas Pernambucanas e nem vou sentir o inverno chegar”.
Estamos no outono, o inverno chegará no final do mês. As madrugadas são frias e úmidas; no período da tarde, o ar é seco e a poluição aumenta.
Alguns cuidados preventivos que podem ser tomados pelos praticantes da corrida:

Efeito sanfona: no frio o risco de engordar aumenta, devido à ingestão de alimentos de alto teor calórico. Procure manter uma alimentação balanceada, bem parecida com a que você consumiu no verão.

Deixe a preguiça de lado: se você está habituado a se exercitar pela manhã, mas, no frio pensa duas vezes antes de se levantar da cama quente, mantenha a rotina, porém, previna-se contra o frio.

Resistência em alta: todos sabem que a atividade física regular aumenta a resistência orgânica, prevenindo de gripes, osteoporose, doenças cardíacas. Consuma neste período alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, mamão papaia, brócolis, morango, kiwi. Vale também reforçar a ingestão de alimentos que contenham vitamina E (potente antioxidante que combate os efeitos dos radicais livres): germe de trigo, amêndoa, gema de ovo.

Proteja o seu corpo: use roupas especiais para o inverno e dê preferência para os tecidos de performance, como os tecidos inteligentes: termo air, suplex, e dri-fit (que mantém a temperatura de seu corpo enquanto você corre e transpira, sem encharcar a camiseta). A região de seu corpo que merece maior atenção é a do peito, por reunir vários órgãos vitais. Mantenha-o sempre protegido. Extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Proteja-os com luvas e meias especiais. Caso tenha pouca proteção no telhado, use boné de suplex, para não esquentar demais a cabeça. Ao término da corrida troque a roupa molhada por roupas secas de imediato.

Não corra ensacado: os plásticos junto ao corpo elevam demais a temperatura interna, aumentam a sudorese e predispõem à desidratação.

Água fresca:
mesmo no inverno se faz necessário à ingestão de água antes durante e após aos exercícios. Mantenha o hábito de se hidratar a cada 20 minutos com 200 ml de água durante a sua corrida diária. Durante o dia, 3 litros de água serão suficientes.

Indoor: se você é daqueles que prefere correr em um lugar sem vento ou frio, com temperatura aclimatizada, o melhor é optar pela esteira. Saiba que ela surgiu com essa finalidade em países como a Finlândia, onde seis meses por ano neva e os outros seis meses faz frio. Como os atletas olímpicos não tinham onde treinar ao longo do ano, os cientistas do esporte, criaram a esteira e o frequêncímetro.

6h26 da manhã. Lua Crescente. Sol no signo de Gêmeos. Segundo dia de junho. Parque do Ibirapuera em São Paulo, temperatura de 8 graus. Desde o dia primeiro de janeiro percorri 1.821 quilômetros, são cento e cinquenta e quatro dias em vinte e três semanas de 2009. A média esta em 11,8 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 esta em 79.128 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros pela linha do Equador. Faltam apenas 552 quilômetros para completar duas voltas.

Foto crédito: IAAF (Marilson Gomes bi-campeão da Maratona de Nova York)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MARILSON VENCE 10 MIL METROS COM RECORDE DO TROFÉU BRASIL

O fundista do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA confirmou o seu favoritismo e provou que está muito bem na preparação para correr a maratona no Mundial de Berlim

Rio de Janeiro - O bicampeão da Maratona de Nova York, Marilson Gomes dos Santos, atleta do Clube BM&FBOVESPA, confirmou o favoritismo e venceu os 10.000 metros no Troféu Brasil, nesta sexta-feira, no Engenhão, no Rio de Janeiro. E ainda bateu o recorde do torneio. Marílson fez a prova em 27min58s83 para ficar com o ouro e baixar sua própria marca, de 28min21s38, de 2004. Damião de Souza, da Pé de Vento/Petrópolis, ficou com a medalha de prata (28min41s64), e Daniel Chaves da Silva, também do Clube BM&FBOVESPA, levou o bronze (28min49s42).

No fim do dia, somadas as provas de Bragança Paulista e as duas finais dos 10 mil metros, o Clube BM&FBOVESPA lidera a competição com 160 pontos, com a Rede Atletismo em segundo, com 116 pontos, e EC Pinheiros, com 15.

Marílson tinha a expectativa de correr bem, mas foi surpreendido pelo bom tempo. "Eu esperava bater o recorde da competição, mas correr abaixo dos 28 minutos foi muito bom. Isso me dá muito ânimo, por saber que estou bem e minha preparação para a maratona do Mundial de Berlim está no caminho correto", disse o fundista.

Marílson descartou a possibilidade de voltar a correr os 10 mil m em provas internacionais. "Tem muitos africanos bons lá fora, minhas chances são mesmo muito melhores na maratona", disse o atleta que, no entanto, é o recordista sul-americano da distância, com 27min28s12, marca de 2007.

O principal fundista do país na atualidade, que volta a competir os 5.000 m no domingo, às 9h40, no Troféu Brasil de Atletismo, observou que para finalizar sua preparação ao Mundial (a maratona será disputada no dia 22 de agosto) fará uma meia-maratona, em local e data ainda indefinidos, e treinamento em altitude em St. Morritz, na Suíça.

Para esta sexta-feira estão programadas 13 finais no Troféu Brasil. A velocista Lucimar Moura foi a melhor entre as 25 atletas nas três séries dos 100 m. Lucimar fez 11s32 e comemorou. "Foi uma prova tranquila, gostei do resultado. Até porque uma atleta já havia queimado e eu fiquei no bloco para evitar a desclassificação. Ainda quero fazer o índice A e bater o recorde do Troféu Brasil", disse Lucimar que compete nesta sexta-feira, às 15h20.

Fábio Gomes da Silva é o favorito no salto com vara. O atleta do Clube BM&FBOVESPA quer saltar bem. "Este ano já fiz três provas, em duas delas saltei 5,40 m e na outra zerei", disse, referindo-se a competições ao ar livre. "Mas estou treinando bem e quero chegar mais perto da minha melhor marca", completou. Fábio é recordista sul-americano da prova, com 5,77 m, de 2007. O salto com vara começa às 15 horas.

Outra prova em que os atletas do Clube BM&FBOVESPA são favoritos é o arremesso do peso, a partir das 15h40. "Não esperamos nada que não seja o primeiro e o segundo lugares com Ronaldo Julião e Gustavo Gomes de Mendonça. Eles é que decidam lá dentro as posições", observou o técnico João Paulo Alves da Cunha.

O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA tem os patrocínios do Pão de Açúcar, Nike e Prefeitura de São Caetano.

LOCAL DA COMUNICAÇÃO

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia do Desafio

Você se mexe e o mundo mexe junto

O Dia do Desafio foi criado no Canadá. É divulgado mundialmente pela TAFISA - Trim & Fitness International Sport for All Association, entidade alemã de promoção do esporte para todos. Realizado anualmente na última quarta-feira do mês de maio, propõe que as pessoas interrompam a rotina e pratiquem qualquer tipo de atividade física.

Cidades do mesmo porte estabelecem uma saudável competição para tentar mobilizar a maior porcentagem de pessoas, em relação ao número oficial de habitantes. Neste ano, a cidade de São Paulo desafia a cidade de Bogotá na Colômbia.

O Dia do Desafio se tornou um dos mais importantes eventos de incentivo à prática de atividades físicas no mundo e conta com um significativo crescimento de adesão das cidades. Em 2008, apenas no continente americano, participaram mais de 59 milhões de pessoas.

O SESC – Serviço Social do Comércio abraçou esse evento. Fui ao SESC da Vila Mariana a convite do coordenador do programa, o professor Rogério Amarante, especialista em recreação e meu parceiro na CORPORE – Corredores Paulistas Reunidos desde 1982. O Rogério foi o encarregado de programar as atividades lúdicas do atletismo: - salto em distância, barreiras e salto em altura. A Federação Paulista de Atletismo participou com especialistas em cada modalidade. Maurren Maggi medalhista de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim compareceu ao evento incentivando todos os participantes.

Foto crédito: Fernanda Paradizo

terça-feira, 26 de maio de 2009

Carroceiro vai disputar a maratona

O repórter Márcio Canuto foi à favela do Real Parque, no Morumbi, e conheceu o José Cássio, um carroceiro que vai disputar a sua primeira maratona.Domingo é dia de maratona de São Paulo.

Quinze mil pessoas vão correr os 42 quilômetros do percurso. O repórter Márcio Canuto foi à favela do Real Parque, no Morumbi, e conheceu o José Cássio, um carroceiro que vai disputar a sua primeira maratona.

Tem gente que vai correr a Maratona de São Paulo pela 15ª vez e tem gente que vai estrear neste domingo. Este é o caso do Cássio, morador da favela Real Parque. O exercício dele é puxado. Ele puxa uma carroça de seis a oito horas por dia para garantir seu sustento.

Ele pode dizer que ganhou um preparo físico animal. “Eu dou duas viagens. Eram quatro viagens por dia. A mais pesada mesmo que eu peguei foi 300 quilos”, diz José Cássio de Oliveira Santos, carroceiro.

Ele que corria só aos domingos, por conta própria, pelas ruas do bairro, mudou muito seu treinamento nos últimos oito meses. Foi quando ele conheceu o programa Corrida de Rua e qualidade de Vida da Federação Paulista de Atletismo. Hoje, Cássio é treinado por Wanderlei de Oliveira.

“Eu corria sozinho, sem orientação de ninguém, agora consegui uma pessoa para me treinar que é o Wanderlei, um ótimo treinador. Eu estou aprendendo muita coisa com ele. Agora eu corro tranquilo, não sinto cansaço nenhum”, garante José Cássio.

Ele se esforça para fazer bonito no meio dos 15 mil atletas previstos para a prova.

Cássio, de 32 anos, morando a 30 no Real Parque, vai ter uma emoção a mais neste fim de semana. Ele viu, do lugar onde mora, a construção da ponte estaiada, o novo cartão postal da cidade. Domingo ele vai estar lá, em cima dela, onde será a largada do sonho de correr 42.250 metros e conseguir uma boa colocação.

“Vamos torcer pelo Cássio, porque ele é morador aqui há muitos anos. Conheço ele há 18 anos.

Acho importante ele estar representando o nosso povo”, diz José Cícero de Almeida, zelador.

O Cássio quer mostrar que com o seu trabalho e o seu treinamento ganhou força, resistência e ritmo para se transformar em um maratonista.

Quem quiser participar da Maratona de São Paulo, ainda pode se inscrever. As inscrições podem ser feitas até amanhã, no site do globo esporte na internet: http://www.globoesporte.com/. Lembrando que a corrida é domingo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Atletas da BM&FBOVESPA disputam Troféu Estado de São Paulo

Competição no Ibirapuera vale índice para o Mundial de Berlim; Fábio Gomes estréia no salto com vara em provas outdoor

São Paulo – O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA; participa com alguns dos melhores atletas do país do Troféu Estado de São Paulo. De sexta-feira até domingo, o estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, recebe a competição que vale índice para o Campeonato Mundial, de 15 a 23 de agosto, em Berlim (ALE).

Entre os destaques da equipe na competição estão o velocista Sandro Viana, os saltadores Sara Santos e Fábio Gomes da Silva e os barreiristas Anselmo Gomes da Silva, Matheus Facho Inocêncio e Redelen Melo dos Santos. A primeira a competir será Sara, que disputa a prova do salto com vara, nesta sexta-feira, a partir das 13h20. Sara treina ao lado de Fabiana Murer com o técnico Élson Miranda.

A atleta de 1,69 m e 61 kg tem um objetivo específico nesta temporada: melhorar o recorde brasileiro juvenil de 4,05m, pertencente a Karla Rosa da Silva. Este ano, ela saltou 4,00 m em duas competições organizadas pela Federação Paulista de Atletismo (FPA). Assim como Fabiana e a atual recordista olímpica e mundial Yelena Isinbayeva, Sara também começou no esporte praticando ginástica. "Nem sabia o que era salto com vara quando comecei. Nunca tinha visto nada desta prova. Só uma vez tinha assistido a Fabiana Murer no programa do Jô Soares. Era a única coisa que sabia dela.”

Em março de 2007, ela começou a treinar com Élson. "Competi o Estadual de Menores e saltei 2,90m. Tive uma evolução muito grande”, diz animada.

Fábio também tem se destacado. Atual recordista sul-americano do salto com vara, ele compete no sábado, às 10h30, buscando índice para seu segundo Mundial. Durante três meses ele treinou em Fórmia, na Itália, com o ucraniano Vitaly Petrov. O europeu foi técnico do já aposentado, mas ainda recordista mundial, Serguei Bubka, e atualmente treina Isinbayeva.

Nas provas de pista, Sandro correrá os 100 m rasos e o revezamento 4 x 100 m. Quarto colocado com a equipe brasileira de revezamento 4 x 100 m nos Jogos Olímpicos de Pequim/2008, ele se mantém entre os melhores do país na modalidade. "O Sandro está muito bem. Na última temporada, ele melhorou todos os seus resultados”, lembra o técnico Katsuhiro Nakaya, responsável pelos velocistas do Clube BM&FBOVESPA.

Anselmo, Redelen e Matheus Inocêncio correm os 110 m com barreiras, domingo, a partir das 9h50. Após uma fase marcada por lesões, Matheus retoma o ritmo competitivo. Finalista dos Jogos de Atenas/2004, ele sofreu uma ruptura do quadríceps da coxa esquerda, em 2007. No ano seguinte, teve uma facite plantar no pé direito e, no mesmo ano, uma nova lesão do quadríceps, desta vez na outra coxa.

Este ano, além do índice para Berlim, ele também deseja bater o recorde sul-americano da prova. O atual recordista é seu companheiro de equipe Redelen, juntamente com o colombiano Paulo Vilar.

O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA; tem os patrocínios do Pão de Açúcar, Nike e Prefeitura de São Caetano.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Corrida previne problemas de visão

Correr pode reduzir o risco de desenvolver catarata e degeneração macular relacionada à idade, sugerem novos estudos da Universidade de Berkeley (EUA).

Os maiores ganhos foram verificados em atletas, mas mesmo pessoas que correm distâncias menores foram beneficiadas.
Um dos trabalhos analisou informações de mais de 40 mil corredores durante sete anos e verificou que os homens que correram cerca de 64 km semanais tiveram 35% menos chance de ter catarata do que aqueles que corriam menos de 16 km por semana.
Os pesquisadores compararam ainda os dados dos homens com melhor condição cardiorrespiratória aos dos menos preparados e viram que os atletas mais velozes apresentaram menos queixas da doença.

A corrida também foi benéfica em distâncias menores. Outro estudo realizado na mesma universidade analisou 152 homens e mulheres e constatou que aqueles que correram entre 2 km e 3,8 km por dia estavam 19% menos suscetíveis a ter degeneração macular do que as que se exercitaram por menos de 2 km diários.
Para o pesquisador em oftalmologa esportiva Marinho Scarpi, os resultados sugerem que a corrida pode ajudar na prevenção da catarata e da degeneração macular por evitar problemas como hipertensão, diabetes e obesidade, que são fatores de risco para as duas doenças.
Estudos anteriores já apontavam que outras atividades físicas podem reduzir tais fatores, mas exercícios vigorosos como a corrida se mostraram mais eficazes. "Com exceção da exposição à luz solar, os atletas, em geral, cuidam mais de si mesmos e de sua alimentação."
Segundo ele, a prática também ajuda no controle do metabolismo do açúcar e reduz o consumo de cigarro e álcool entre seus praticantes, fatores de proteção já conhecidos.
O ponto alto dos estudos de Berkeley, avalia Scarpi, é a indicação de que mesmo quem não alcança tão longas distâncias pode ser beneficiado.
Outro estudo, feito em 2006 na Universidade de Medicina de Kaunas, na Lituânia, testou 210 pacientes com cerca de 60 anos internados para cirurgias de catarata e verificou que o aumento da opacidade das lentes oculares foi maior em pessoas sedentárias. Os pesquisadores creditam o resultado, entre outros fatores, ao acúmulo de radicais livres, presentes em maior concentração no organismo de quem não pratica atividades físicas.

Gosto pelo esporte

Décio Oliveira Castro, 72, correu pela primeira vez em uma São Silvestre, em 1953. "Sem treino e descalço", conta. Tomou gosto pelo esporte e hoje percorre 76 km semanais. Nos fins de semana, corre cerca de 23 km diários, incluindo subidas no percurso. Ao contrário de outros membros de sua família, Castro não sofre de hipertensão, de diabetes ou de problemas de visão. "Leio qualquer coisa sem ajuda de óculos. Remédios, só para dor muscular, comuns após maratonas."
Rubens Belfort Júnior, oftalmologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que o estudo traz dados interessantes, que podem sugerir novas investigações. "Talvez a exposição à luz ultravioleta, que é geralmente tida como agravante, não afete tanto seu surgimento", diz.
A degeneração macular e a catarata estão entre as principais causas de cegueira em adultos no mundo. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 350 mil pessoas precisam fazer a cirurgia de catarata todos os anos.

Foto Décio de Oliveira Castro crédito: Leonardo Wen/Folha Imagem

terça-feira, 28 de abril de 2009

Meditação Zen alivia a dor

Técnica oriental oferece resultados expressivos no tratamento de doenças crônicas

Adeptos da prática são capazes de suportar melhor situações de desconforto.
Prática milenar associada ao zen-budismo chinês e japonês, a meditação pode diminuir a sensibilidade à dor, segundo estudo realizado na Universidade de Montreal, Canadá, publicado na revista Psychosomatic Medicine.
Estudos anteriores já haviam indicado que o ensino da meditação a pacientes com dor crônica melhora a qualidade de vida, porém esse é o primeiro experimento que indica uma alteração dos mecanismos fisiológicos de resposta aos estímulos dolorosos em pessoas saudáveis. A técnica usada para realizar o teste de sensibilidade à dor foi simples: uma superfície metálica térmica – com temperatura controlada por computador que variava entre 43ºC e 53ºC – era levemente pressionada contra a panturrilha dos 26 voluntários com idade entre 22 e 56 anos, em intervalos curtos. Metade deles acumulava mais de mil horas de meditação zen, e o restante não tinha familiaridade com o método. Durante o teste, os participantes tinham de indicar qual temperatura provocava sensação dolorosa.
Com essa informação, os cientistas obtiveram o grau de calor que corresponde ao limiar da sensibilidade à dor – e, nesse ponto, o experimento era interrompido.
Alguns adeptos da meditação zen puderam suportar a temperatura máxima sem sentir desconforto. Em outro momento, o experimento foi restrito ao grupo de praticantes, enquanto meditavam. Os resultados mostraram limiares ainda maiores que os observados anteriormente nesses mesmos indivíduos. Os autores da pesquisa acreditam que esse efeito ocorra, pelo menos em parte, pelo fato de a respiração ser mais lenta durante a meditação – em média 12 inspirações por minuto, quando em condições normais é de 15. Na média, os praticantes da meditação tiveram redução de 18% na sensibilidade à dor se comparados ao outro grupo.Segundo os pesquisadores, esse é um resultado expressivo e deve encorajar novos estudos com pacientes com artrite reumatóide, lombalgias, fi bromialgia etc., que fazem uso contínuo de analgésicos, o que traz efeitos adversos em longo prazo. A técnica oriental de concentração e relaxamento pode ajudá-los a reduzir a dose medicamentosa e melhorar a qualidade de vida.

Foto crédito: © LUCKYKEEPER/SHUTTERSTOCK

segunda-feira, 27 de abril de 2009

13.1 milhas em Fort Lauderdale

por Fernanda Paradizo

Sempre fui crítica em relação a fazer provas no exterior e todas as vezes que optei por correr lá fora acabava preferindo corridas tradicionais, que me dessem a certeza de que seria uma boa escolha. Pela primeira vez, resolvi arriscar. Como eu estava indo no final do mês de outubro de 2008 para fazer a cobertura da Maratona de Nova York e na seqüência emendaria um outro trabalho, no Mundial de Ironman 70.3, em Cleartwater, na Flórida, imaginei que poderia finalizar minha estadia nos Estados Unidos com uma meia-maratona, distância da qual venho virando fã nos últimos dois anos, já que não é necessário muitos meses de treino para se preparar adequadamente.

Quando fiz para a Contra-relógio o guia das “20 Meias-maratonas imperdíveis”, publicado no mês de setembro, já estava à procura de uma prova que conseguisse encaixar no meu roteiro de viagem, para unir o trabalho com o prazer de correr. Numa busca pela internet, entrei no site da Maratona e meia maratona de Miami, que me remeteu a uma série nova de quatro meias-maratonas, intitulada 13.1 Marathon Series, número referente à quantidade de milhas corresponde a uma meia.

A abertura oficial seria em Fort Lauderdale, na Flórida, dia 16 de novembro, uma semana após o Mundial. Era perfeito. Eu iria para Nova York, pegaria um vôo para Miami, de onde alugaria um carro e pegaria a estrada com destino a Clearwater para cobrir o Mundial de 70.3. E, de lá, iria direto para Fort Lauderdale, onde passaria a semana, dando conta de alguns trabalhos que carregaria das duas coberturas e aguardando a chegada de um grupo de amigos, que também topou o desafio. No final das contas, estávamos em seis brasileiros.

Treinei para a prova não como gostaria, mas, faltando uns 45 dias para a competição, consegui encaixar alguns treinos bons de velocidade, o que me deu uma certa segurança. Estudei alguns resultados de meias na Flórida e, com a minha experiência de Meia da Disney, sabia que, se corresse perto do que eu estava acostumada, cerca de 1h43min, poderia beliscar um lugar na minha categoria. Como o evento era pequeno, com não mais que 1.200 pessoas, e inaugural, não havia muito o que estudar sobre a prova. Por informações de pessoas ligadas à organização, sabia apenas que boa parte dela seria realizada na famosa A1A, avenida da praia, que também não significava muito para mim, já que eu não conhecia essa região da Flórida, que fica a apenas 24 milhas de Miami. Mas claro que o fato de correr à beira-mar me enchia de expectativas. A largada marcada para às 6h13 da manhã, com o nascer-do-sol, como na Maratona de Miami, me fez imaginar que a temperatura ali não deveria ser muito amena. Mas tudo bem. Isso não era problema. No final das contas, o que eu queria mesmo era poder correr uma meia e fechar minha estadia nos Estados Unidos com chave de ouro.

Fiz minha inscrição pela internet pelo site MarathonGuide.com ao valor de 59 dólares, já com taxa. Como novembro não era época de alta temporada, boa parte do grupo conseguiu usar milhagem para a passagem aérea, reduzindo assim o custo da viagem. Optamos por ficar a semana da prova em Fort Lauderdale mesmo, até porque os hotéis ali estavam bem mais em conta. Por 85 dólares a diária, ficamos em quatro mulheres num hotel quase à beira-mar, a duas quadras da A1A, onde passaria boa parte da prova.

A semana demorou a passar em Fort Lauderdale. Nos dias anteriores, deu para fazer bastante coisa, inclusive correr na A1A no horário da competição e perceber que o vento seria nosso grande limitador no dia da meia. Os dias passavam e ele ainda estava ali, sempre dando o ar da graça, às vezes ventando de frente, às vezes de lado. Avaliamos que, em ambas as situações, comprometeria nossa corrida. Muito pouco, ou nada praticamente, se ouvia da prova na região, a não ser nas lojas de esporte especializadas, onde foram feitas a entrega do kit, que era muito simples. O que chamava atenção era o sistema de chip descartável, uma espécie de tira de papel para colocar no cadarço.

Como ali todos estavam unindo férias com a corrida, em nenhum momento ninguém se mostrou muito paranóico com a prova. A única coisa que de fato nos preocupava um pouco era para onde sopraria o vento. Os dias passaram e a discussão do vento também deixou de fazer parte das nossas rodas de bate-papo. No entanto, na sexta antes da meia, fomos informados de que até domingo ele daria uma amenizada a passaria a bater mais lateralmente. Menos mal.

Nesse meio-tempo, nosso "grupo de seis" ganhou mais um integrante às vésperas da prova. O amigo Clayton Rocha, que tantas vezes correu conosco quando morava em São Paulo, há oito anos, e, mesmo sem nenhum treino, resolveu se unir a nós e também encarar a desafio da meia-maratona. Além da companhia de mais um amigo, também ganhamos um jantar de massas em Weston, condado de Miami, oferecido pelo Clayton e por sua esposa no sábado, véspera da prova.Tudo estava pronto para o dia seguinte. Como a largada ficava muito próxima do nosso hotel e a prova era pequena, fizemos algumas contas e achamos que poderíamos chegar ao local uns 45 minutos antes e fazer as coisas com calma e sem atropelo. Foi tudo perfeito. A largada acontecia na 17th Street, perto do Port Everglades e do The Broward Convention Center. O percurso seguiria por um trecho da US 1/Federal Highway, onde teríamos que passar por baixo de um túnel. De lá, viraríamos na famosa e badalada Las Olas Boulevard, onde correríamos até o mar, com cerca de 4 milhas de prova, para começar o trecho de praia, de ida e volta.

Usamos o guarda-volume da organização, que eram dois ônibus escolares, daquelas amarelos que se vê em filme, como na Disney, e fomos aquecer pertinho da largada. Quando faltavam 5 minutos, entramos na única baia que havia e nos posicionamos bem à frente. O público era bem diferente daqueles vistos em maratona e meias-maratonas internacionais. Não conseguimos avistar ninguém que pudesse afirmar que seria um candidato à vitória, até porque deu para perceber que era uma competição de amadores. Mas bons e rápidos amadores, diga-se de passagem. Ali mesmo na largada pudemos perceber também a quantidade de mulheres que havia na prova, numa proporção muito maior do que a de homens, como também acontece na Maratona e Meia maratona da Disney. Bom, se eu ainda almejava algum lugar na categoria, era só olhar para os lados e ver que minhas adversárias estavam exatamente ali. Percebemos também a presença de vários brasileiros, tanto locais quanto turistas.

Depois do hino nacional norte-americano, a largada foi dada pontualmente às 6h13 da manhã, com o dia ainda escuro. Saíamos como um foguete junto com o pelotão de frente. Por um momento, esqueci que a prova era em milha, mas sabia que estava correndo um pouco mais rápido que o ritmo habitual para uma meia nas minhas atuais condições. Embora tivesse um tempo de planilha de 1h45 para seguir, sabia que poderia fazer algo em torno de 1h43, que é o que me garantiria um lugar entre as cinco primeiras na minha faixa etária. Eu teria apenas que descartar a Elaine Serrano, da mesma categoria, que estava no nosso grupo e que eu tinha a certeza que seria mais rápida do que eu.

Apesar de estar um pouco desencanada, eu tinha uma estratégia, que era correr todas as milhas abaixo de 8 min e ir sentindo o ritmo no caminho. Passei a primeira milha a 7min28s. Sabia que estava rápido, mas deixei que o ritmo de meia-maratona se encaixasse sozinho, sem me preocupar muito em segurar, até porque eu poderia ter que lutar com um vento contra na parte da praia e, como eu estava me sentindo bem, eu poderia ter esses segundos a meu favor no tempo final. A Elaine veio junto comigo e, a partir da milha 2, foi sumindo aos poucos da minha visão. Fiquei um pouco mais atrás. Na milha 2 veio também o primeiro posto de hidratação da prova. Eram apenas duas mesas, com vários staffs gritando “Gatorade” e “water”. Embora assustada com a pequena estrutura, consegui pegar água sem problemas.

Veio a milha 3 e, na passagem por debaixo do túnel, chegou a hora da primeira subidinha da prova. O ritmo caiu um pouco, mas estava tudo sob controle. Entramos na milha 4 e ali presenciei uma das cenas mais lindas da corrida. Passamos pela ponte da famosa Las Olas, pegamos uma leve subida e demos de frente para o mar, com o sol ainda nascendo. Parecia uma pintura. A temperatura estava bem anema, com apenas um pouquinho de umidade, mas que não atrapalhava em nada nossa performance.

Vários grupos passavam por mim em blocos e não consegui me encaixar em nenhum deles. E as mulheres ali sempre presentes, muitas vezes dando o ritmo ao grupo. Entrei na praia correndo sozinha, sem ninguém à minha frente que eu pudesse tentar me esconder do vento contra, que eu aguardava pelo menos para as próximas 4 milhas de percurso. E claro que ele estava lá. Mas, para sorte de todos, não era contínuo. Batia mais de lado e vinha em rajadas. Era suportável. Caí um pouco o ritmo em função disso, mas estava tudo bem, já que eu sabia que, quando retornássemos pela praia, ele estaria a favor. Passei os 10 km para 47min59s, sentindo-me um pouco cansada, mas num ritmo bom para uma meia, bem próximo da sensação que eu estava acostumada. Talvez um pouquinho mais forte. Mas isso não me abalava. Projetei ali meu tempo de prova para 1h42min, o que era bom, considerando que minha melhor marca de meia é 1h38min, em Lisboa, e com treino completamente direcionado, sem percalços pelo caminho.

Com a passar das milhas, fui percebendo também que havia feito a escolha errada do tênis de corrida, que era muito leve e nada acolchoado. Mas pelo menos estava conseguindo administrar bem o vento e também o fato de correr sozinha. Uma mulher passou como uma bala por mim e disse para eu relaxar braços e ombros, alertando para o fato de eu estar correndo muito tensa. Segui seu conselho e tentei me policiar para correr mais relaxada. Enquanto me encaminhava para a virada na praia, demorou para avistar a passagem dos líderes do outro lado. Desconcentrei e não vi também a passagem da Elaine, que a essa altura deveria estar bem à minha frente. Fiz o retorno e me senti aliviada por deixar as rajadas de vento para trás. Do outro lado do percurso, vi todos os amigos ali e um reflexo do que a essa altura da prova havia acontecido com cada um deles.

Concentrei-me na chegada e corri as quatro últimas milhas praticamente sem apreciar o lindo visual que estava à minha esquerda. Nesse momento, consegui manter o ritmo um pouco mais forte e passei por várias mulheres. Na última milha, praticamente sem muito incentivo, já que o percurso era vazio de expectadores, fiz uma conta muita rápida e acreditei que pudesse finalizar os 21 km na faixa de 1h41min. Apertei o passo e cruzei a linha de chegada em 1h41min58s. Ouvi meu nome e um “from São Paulo” sendo anunciados nos microfones. Terminei cansada, mas inteira e feliz com o resultado. Encontrei a Elaine ao final, que havia corrido a meia para 1h37 e conseguido seu recorde pessoal na distância. Os amigos foram chegando e ficamos ali curtinho o final de prova e a beleza do lugar. Na hora da premiação, a surpresa: fui a 3ª colocada na categoria. Como eu já havia previsto, a Elaine garantiu a 1ª colocação. O amigo Clayton Rocha, que pouco ou nada estava treinando e que fez a prova apenas para nos acompanhar e relembrar os velhos tempos, mostrou que ainda carrega resquícios da época em que fazia meia-maratona para baixo de 1h30 e garantiu também um lugar no pódio (4º lugar, com 1h53min), com um tempo bem mais modesto do que estava acostumado quando treinava no Brasil, mas feliz por rever os amigos e poder reviver momentos que há muito não vivenciava. No final de tudo, percebemos que mais um brasileiro foi destaque no pódio, o Gustavo Schmidt.

Saíamos dali felizes, todos com a medalha no peito. Paramos num Starbucks para brindar a excelente manhã de corrida com um café. Vimos mais um grupo de brasileiros locais, que também haviam feito a prova. Deixamos o Starbucks já com saudades de tudo o que vivemos em Fort Lauderdale e com a certeza de que teríamos que repetir a dose numa outra oportunidade. A receita para o sucesso, já sabemos: tem que ser meia-maratona, muito pouco ou nada badalada e num lugar lindo e maravilhoso como Fort Lauderdale. Existe coisa melhor?

PONTOS A FAVOR

Lugar: Pagando uma diária de 85 dólares, em quatro pessoas, dá para se instalar bem ali. Isso sem contar que o lugar é maravilhosa e fica apenas 40 minutos de carro de Miami.
Locomoção: Sem carro não se vai a lugar nenhum na Flórida. Vale à pena alugar um para dar alguns passeios pela região. Fomos várias vezes a Miami e visitamos a famosa ilha de Key Biscayne, onde tivemos a oportunidade de ver o magnífico pôr-do-sol e a melhor vista da cidade de Miami.
Comida: Bem próximo de onde estávamos hospedados, havia um supermercado Publix, onde pudemos comprar de tudo e fazer comida no próprio hotel. Na hora da escolha onde ficar, vale à pena se certificar de que o hotel tenha cozinha.
Compras: Dizem que Miami é o lugar das compras, mas em Fort Lauderdale os preços são de arrepias, além de a taxa ser um pouco mais baixa (6%). Comprei casado de frio da Oackley por 35 dólares. Os outlets são imperdíveis. Os preços de tênis não variam muito de um lugar para outro, mas tem algumas opções bem baratas, embora seja difícil encontrar numeração e a cor desejada.
Passeios: As praias e os canais são lindos e fantásticos. A convite da irmã de um dos colegas, do Peter, fomos remar nos canais. Estávamos em 10 pessoas e foi muito bacana. Mas sorte que fizemos isso a seis dias da prova, porque no dia seguinte todos estavam com dor nas costas pelo esrforço.
Trabalho: Essa dica provavelmente não cabe para muita gente, mas vale informar. Vale levar o laptop para trabalhar. A conexão dos hotéis e ótima e de graça. Meu grande problema para trabalhar ali era que os amigos iam para a praia enquanto eu ficava trabalhando. Quando voltavam, sempre muito animados, era difícil manter a concentração. Ossos do ofício.
Brasileiros: A surpresa da prova foi encontrar uma grande quantidade de brasileiros. Perdi a conta. Os turistas, como nós, era possível identificá-los pelo jeito e também pelo tipo de roupa. Muitos trajavam as camisas das nossas provas no Brasil ou mesmo as camisas de suas assessorias.
Percurso: Plano quase total, com duas subidinhas muito leve. Demos sorte porque o vento contra que marcou nossa estadia nos dias anteriores resolveu bater mais de lado e não tão constante, o que de certa forma não atrapalhou a prova. Apesar de segurar em alguns momentos na ida, na volta funcionou a nosso favor.
Largada: Muito tranqüila. Correr à beir-mar ali com aquela imensidão azul sem fim é uma das imagens mais bonitas que guardo da prova.
Expectadores: Não espere por gente torcendo no percurso. Por ser uma prova pequena e ser realizada nas primeiras horas da manhã, não tem ninguém. É você com você mesmo. Mas a beleza do percurso supera isso.
Postos de hidratação: Apesar de pequenos, os staffs gritavam avisando o que era água e o que era Gatorade. Não tinha erro. Dava apenas uma pouco de aflição quando avistávamos duas mesinhas pequenas, a cada 2 milhas, para dar conta dos corredores. Como não sou muito de parar e quebrar o ritmo, tinha sempre a impressão de que não ia conseguir pegar água ou que poderia me atrapalhar e pegar o Gatorade. Mas tudo bem.
Marcações milha a milha: Eram bem visíveis. Não tinha como errar.
Público feminino: Havia muita mulher correndo entre 1h38 e 1h45. O nível das corredoras é muito semelhante e a briga pelas faixas etárias é boa, principalmente durante a prova, quando você vê a quantidade de mulheres correndo no seu nível.
Jantar de massas: Não havia jantar de massas. Mesmo assim, não ficamos sem o nosso. Fomos convidados para ir a Weston, na casa do amigo brasileiro Clayton, que nos serviu um jantar maravilhoso.
Medalha: Uma das mais lindas que já ganhei, tanto a da prova quanto a da categoria.

CAMPEÕES
Cobi Morales (South Miami, FL) – 1h15min28s
Natasha Yaremczuk (Paris, ON) – 1h27min34s

BRASILEIROS
Elaine Serrano – 1h37min11s (1ª na categoria 40-44 anos)
Gustavo Schmidt – 1h39min01s (3º na categoria 55-59 anos)
Fernanda Paradizo – 1h41min58s (3ª na categoria 40-44 anos)
Peter Dualibi – 1h49min38s
Lígia Sanches – 1h50min07s
Clayton Rocha – 1h53min04s (4º na categoria 60-64 anos)
Monica Peralta – 2h32min57s
Simone Machado - 2h32min57s

13.1 MARATHON SERIES
01/03/2008 – Miami, FL
04/10/2008 – Atlanta, NJ
07/06/2008 – Chicago, IL
15/11/2009 – Fort Lauderdale, FL